Nessa quarta-feira (22/01), a Polícia Civil do Distrito Federal descartou as novas ameaças de morte contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). As supostas ameaças aconteceram em um fórum de discussão na deepweb.
A deepweb é uma parte da internet que não pode ser acessada pelos mecanismos de busca convencionais. Nela contém páginas com informações confidenciais, como dados bancários, pessoais e registros médicos. De forma prática, é uma ‘internet secreta” ou “internet profunda”. A deepweb pode armazenar e acessar informações de forma privada. Entretanto, também pode ser usada para atividades ilícitas, como a prática de crimes virtuais.
Na conversa, o armamento foi detalhado: explosivos, granadas e um fuzil .50 Barrett, utilizado por atiradores de elite e com poder bélico para derrubar helicópteros. O ataque deveria acontecer neste mês de janeiro, segundo as ameaças feitas no grupo.
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A Polícia Civil do Distrito Federal foi informada sobre o caso por meio de uma denúncia e logo abriu um inquérito na Divisão de Proteção e Combate ao Extremismo Violento (Dpcev) e compartilhado com a Polícia Federal.
Todas as ameaças desse gênero são tratadas como verdadeiras. Após apurações feitas pela equipe policial, devido à gravidade da denúncia, os investigadores conseguiram resolver o caso.
Segundo a polícia, tratava-se de uma “ameaça vazia”, ou seja, não havia, de fato, um plano ou armamento em posse de quem fez a publicação. A pessoa responsável pelo post foi identificada e deve responder por ameaça.
Plano de golpe contra Lula
O novo inquérito foi aberto dois meses após a Operação Contragolpe, que prendeu cinco pessoas suspeitas de planejar o assassinato do presidente Lula, do ministro Alexandre de Moraes e do vice-presidente Geraldo Alckmin. O objetivo do grupo era realizar um golpe de Estado para impedir que o presidente eleito assumisse o cargo em 2022.
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Homem-bomba queria matar Moraes
Além disso, a investigação também ocorreu após a explosão em frente ao Supremo Tribunal Federal, em que Francisco Wanderley Luiz atentou contra a própria vida em novembro, em Brasília. De acordo com fontes, ele também planejava matar Moraes.
E outro casos de possível atentado também foi registrado na última semana do ano passado. A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu um homem de 30 anos, suspeito de planejar ataques à capital federal. Ele foi preso na Bahia após um helicóptero da Polícia Civil interceptar o caminhão em que ele estava.
*Com informações de CNN