Em entrevista para a Rádio Difusora na manhã desta quinta feira (01) o senador Omar Aziz criticou a decisão da juíza federal Maria Elisa Andrade, da 7ª Vara Ambiental e Agrária do Amazonas, que suspendeu a licença prévia concedida pelo Ibama para o asfaltamento do trecho do meio da BR-319. A rodovia, que liga Manaus a Porto Velho, é vista por muitos como uma solução para a integração e desenvolvimento da região. Contudo, a suspensão ocorreu após uma ação civil pública movida pelo Observatório do Clima, baseada em preocupações ambientais.
Omar Aziz expressou insatisfação com a decisão judicial, argumentando que é injusto julgar a situação sem conhecimento prático da realidade local.
“Eu até admiro que pessoas que não têm conhecimento da nossa região e nunca passaram por lá, possam falar da BR319 como se ela fosse o fim do mundo para o meio ambiente. Não é o fim do mundo”, declarou o senador.
Aziz criticou o fato de a decisão ter sido tomada com base em relatórios de ONGs e sem uma visita in loco.
“Se magistrada que deu essa decisão tivesse ido in loco, dá uma olhada como é, ela não estaria se baseando numa ONG que não tem responsabilidade nenhuma com uma população”.
📌"A BR-319 não é o fim do mundo para o meio ambiente", diz Omar Aziz sobre suspensão de lincença para asfaltamento pic.twitter.com/k1ai2Qf5hB
— Rede Onda Digital (@redeondadigital) August 1, 2024
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A suspensão da licença foi fundamentada em pareceres técnicos do Ibama, que desde dezembro de 2021 alertavam para o risco de desmatamento e ocupação descontrolada nas áreas adjacentes ao projeto. O Observatório do Clima destacou que houve uma pressão indevida para a concessão da licença, mesmo diante de análises científicas que indicavam a inviabilidade ambiental do asfaltamento. A juíza Maria Elisa Andrade apontou uma mudança questionável na orientação técnica do Ibama, que teria desconsiderado as preocupações ambientais.
Omar Aziz criticou a falta de responsabilidade de organizações que influenciam decisões importantes sem considerar o impacto nas populações locais.
“As decisões são dadas dentro de gabinete, com ar condicionado, sem conhecer a realidade. Isso é muito ruim, porque se trata de um sonho, de uma aspiração”, afirmou o senador, destacando a importância do projeto para os moradores da região.