Centésima sessão da Câmara de Manaus é marcada por “elogios serenos” e declarações mornas

PLENARIO ADRIANO JORGE, CAMARA DOS VEREADORES DE MANAUS.
FOTO: ROBERVALDO ROCHA / CMM
A Câmara Municipal de Manaus (CMM) chegou a sua 100ª sessão ordinária nesta terça-feira (11/11), marcada por discursos serenos e mornos dos vereadores. A sessão durou cerca de uma hora, embates produtivos e poucas pautas relevantes para a população manauara.
Quem começou os discursos foi o vereador Marco Castilhos (UB), que comentou sobre a redução do desmatamento e a proteção do Meio Ambiente, por parte do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam).
“Primeiro tema que eu quero trazer ao debate, nesses últimos dias acompanhamos o trabalho que está sendo feito em proteção ao meio ambiente e ao desmatamento ilegal na Amazônia muito eficiente do Ipaam, direcionada à questão do desmatamento que estava acontecendo no município de Borba”, destaca o parlamentar parabenizando a atuação dos agentes do órgão.
Sérgio Baré (PRD) fez uma denúncia com base em uma publicação de um portal de notícias relacionado aos profissionais de Saúde do Estado que teriam “debochado” de uma criança que foi receber atendimento médico na casa do paciente.
“Queria repudiar a fala dos colegas, profissionais da Saúde, que tiveram na casa dessa senhora para cuidar dessa criança, mas acabaram de certa forma falando algo que não devia, algo que realmente machuca as pessoas. Nós, como profissionais da Saúde, somos formados para acolher e cuidar, de maneira nenhuma ser um agente que pode levar um sofrimento maior a uma mãe e uma família que está passando por uma situação muito difícil”, frisou.
Diante dessa denúncia, Dione Carvalho (Agir), pediu um tempo de fala do colega para também dar sua opinião sobre o caso.
“Gostaria de me manifestar sobre a denúncia que o vereador trouxe aqui. Eu, por ser da Saúde e militar durante 22 anos, minha filha foi e é a primeira criança cardiopata a ser mandada por uma ordem judicial na história do Estado do Amazonas. Quem começou essa guerra das cirurgias cardíacas pediátrica foi a minha filha. Eu me sinto na obrigação e no dever de fazer parte dessas trincheiras que nós chamamos, no meio de uma guerra, entre um paciente e profissionais, que não estão preparados psicologicamente e humanamente para cuidar de outro ser humano”, pontuou.
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O próximo a usar a tribuna foi o vereador Rodrigo Guedes (PP), que abordou o tema relacionado às sessões híbridas na Casa Legislativa, algo que foi cogitado em um texto apresentado.
“Nós extinguimos aqui em 2021, salvo engano. A gente poderia até aceitar, supostamente, uma sessão híbrida em um momento de recesso parlamentar, ou que alguém poderia, como não tem nada oficial, poderia estar ali fora da cidade de Manaus, viajando por qualquer motivo que seja, mas aqui cria a possibilidade de qualquer momento ter essas sessões”, repudiou o parlamentar.
Amauri Gomes (UB), Coronel Rosses (PL) e Zé Ricardo (PT), usaram o tempo de fala para repercutir o uso do Regimento Interno e as sessões híbridas.
O último a usar a tribuna foi Zé Ricardo. Ele comentou sobre o início das obras da instalação do Instituto Federal do Amazonas (IFAM) no município de Iranduba, investimento do presidente Lula (PT). O petista exaltou a gestão presidencial e afirmou que também estão em andamento outras obras do Instituto Federal no interior do estado, como em Manicoré, Santo Antônio do Içá, Lábrea, Humaitá. Eirunepé, já foi inaugurado.
“É a expansão dos Institutos Federais no Brasil, já são mais de 800. Quando Lula assumiu, no primeiro governo dele, eram mais de 150 unidades em todo Brasil, e nos temos agora mais de 800. O objetivo do Lula agora, é chegar a mil unidades”, destacou o vereador priorizando o desenvolvimento, oportunidades na educação do país e principalmente ao Amazonas.
O petista chegou a falar sobre as visitas que fez nas UBSs localizadas na zona Sul da capital amazonense e pontuou quais são os problemas encontrados por ele.






