Uma mulher de 40 anos, que trabalhava como babá em um condomínio no bairro Ponta Negra, zona Oeste de Manaus, foi agredida por uma moradora na noite desta sexta-feira (18). Durante a confusão, um advogado foi baleado de raspão na perna.
O disparo foi supostamente efetuado por uma mulher identificada como Juçana Machado, esposa do mestre de jiu-jitsu sétimo Dan e investigador de Polícia Civil, Raimundo Nonato Machado, também envolvido na briga.
Em depoimento, a babá que não teve seu nome revelado, disse que há uns cinco meses vem sendo alvo de xingamentos por parte de Juçana e que nesta sexta-feira, ao deixar o elevador do prédio, ela passou pelo casal em direção a saída, momento em que Juçana disse “ainda me olha torto essa filha da p…”.
Nonato também teria ofendido a profissional a chamando de “vagabunda”. Em seguida, Juçana a empurrou e passou a agredi-la com socos.
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O advogado, patrão da babá, tentou intervir e Nonato, esposo de Juçana, partiu para cima dele tentando acerta-lo com um soco.
Neste momento, Nonato passa a arma de fogo para Juçana, que dispara e acerta a região da panturrilha do advogado.
Ferido, o advogado entra na guarita do condomínio para se proteger. Ele foi encaminhado ao Serviço de Pronto Atendimento (SPA) para receber cuidados médicos.
Segundo Juçana, em relato a polícia, o disparo não foi proposital.
Vídeos da câmara de segurança do condomínio mostram a babá sendo agredida, Juçana com a arma em punho e o disparo contra o advogado.
Assista:
O caso foi registrado no 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP). Juçana responderá pelo crime de porte ilegal de arma de fogo restrito e será encaminhada para Audiência de Custódia. Nonato assinou Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). O casal já tem Boletins de Ocorrência (BOs) pelos crimes de injúria e ameaça registrados no 8º DIP.
Segundo o presidente de prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil no Amazonas (OAB-AM), Alan Jhonny, que esteve na delegacia, “o policial civil assinou o TCO, pelo crime de lesão corporal e por ter entregado uma arma de fogo para uma pessoa não habilitada e pelos crimes responderá em liberdade. A OAB vai encaminhar à corregedoria da Polícia Civil um pedido de afastamento cautelar e exoneração”.