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“Traços de psicopatia”: garçom mata delegado com três tiros e depois organiza festa no DF

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Horas depois de matar o delegado Luiz Ricardo e Silva, 58 anos, o garçom Kayky Bastos Ferreira, 20, pretendia organizar uma festa neste sábado (7/09) para curtir o feriado. Frio e sem remorso, Kayky pegou a arma de Luiz Ricardo enquanto ele dormia, deu três tiros na cabeça dele e saiu com o carro da vítima tranquilamente.

Em uma rápida investigação para identificar o autor e compartimentar as informações com equipes da Polícia Militar e PCDF, o delegado Pablo Aguiar, que investigou o caso, traçou a ordem cronológica do crime brutal.

“O delegado [Luiz Ricardo] e o autor se conheceram há cerca de um mês e costumavam se encontrar duas vezes por semana. Um dia antes do crime, estiveram juntos em uma lanchonete de açaí, em Taguatinga”, explicou Aguiar.

Frieza e ironia

Frio, sem remorso e até irônico, o garçom não soube apontar, durante o interrogatório, o que motivou o latrocínio. A declaração de Kayky mostra que o evento que faria horas depois era a única coisa que lhe passava pela cabeça. “Não sei por que matei. Eu tinha uma festa para organizar e nem imaginei que seria preso”, disse o autor, em interrogatório.

O assassino ainda usou cartões de crédito do servidor público para comprar bebidas, transportou funcionários do estabelecimento no veículo roubado e mentiu para a namorada afirmando que teria “comprado” o Corolla que pertencia ao delegado.

A 38ª Delegacia de Polícia (Vicente Pires) investiga o caso. Segundo Pablo Aguiar, Kayky tem traços de psicopatia. Antes de deixar a casa, o criminoso levantou, tomou um copo de água na cozinha, encostou o cano da arma próximo da cabeça da vítima e disparou três vezes. “Depois, ele guardou a pistola na mochila, pegou cartões de crédito, cerca de R$ 700 em dinheiro e foi trabalhar”, disse Aguiar.


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Passo a passo

Na noite anterior ao crime, o delegado foi até a casa da mãe, onde buscou alguns mantimentos para tomar café no dia seguinte. Ele estava na companhia do garçom, que chegou a trocar algumas palavras com a idosa de 83 anos.

“Ele sabia que a pistola .40 estava na mochila do delegado. A vítima ainda dormia, e o quarto estava escuro”, disse Aguiar.

Ele será indiciado pelo latrocínio e, se condenado, poderá cumprir uma pena de 20 a 30 anos de prisão.

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