As investigações conduzidas pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) resultaram na apreensão de 19,2 toneladas de drogas em todo o estado, causando um prejuízo estimado de R$ 736 milhões às organizações criminosas em 2024.
O trabalho investigativo também levou à conclusão de 26.970 inquéritos policiais com autoria definida, os quais foram encaminhados ao Poder Judiciário. Os dados são da Divisão de Recebimento e Análise de Dados (DRAD).
Esse número representa um aumento de aproximadamente 56,1% na quantidade de drogas retiradas de circulação em comparação a 2023, quando foram apreendidas 12,3 toneladas. O crescimento das apreensões reflete o fortalecimento das ações policiais em parceria com as Forças de Segurança, além da intensificação das operações em áreas estratégicas do estado para combater o narcotráfico e desarticular organizações criminosas.
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O delegado-geral da PC-AM, Bruno Fraga, enfatizou que uma das prioridades da instituição é o enfrentamento às organizações criminosas, uma vez que diversos outros crimes decorrem desse tipo de atividade ilícita.
“Em 2024, conseguimos apreender mais de 19 toneladas de entorpecentes, o que representa um aumento de 56,1% em relação ao ano de 2023. Em 2025, nosso compromisso é ainda maior, para que possamos apreender mais drogas e capturar lideranças dessas organizações criminosas”, destacou o delegado-geral.
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Ainda conforme Fraga, em 2024 houve investimentos significativos na área da segurança pública, com o Governo do Estado demonstrando sensibilidade às demandas da Polícia Civil, o que possibilitou a aquisição de novas ferramentas, o reforço do efetivo com a convocação de novos concursados e melhorias na infraestrutura da instituição.
“Isso nos permitiu alcançar números históricos, que agora são apresentados à sociedade. Nosso compromisso é que, em 2025, o combate ao crime será ainda mais intenso. O enfrentamento ao crime organizado segue como prioridade, com foco na redução dos índices de violência associados ao tráfico de drogas”, afirmou.
Principais operações
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Durante a Operação Jomini, realizada pelo Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) em 2 de fevereiro de 2024, foram apreendidas 2,8 toneladas de drogas, armamentos, uma lancha e uma picape S10, além da prisão de três indivíduos. O material entorpecente foi avaliado em R$ 50 milhões.
No dia 6 de fevereiro, policiais civis do DRCO, com apoio da Delegacia Fluvial (Deflu), deflagraram a Operação Déjà Vu, que resultou na prisão de duas pessoas e na apreensão de cerca de uma tonelada de drogas no rio Solimões. O prejuízo ao crime organizado foi estimado em R$ 9,5 milhões.
Em outra ação do DRCO, no dia 19 de fevereiro, foram apreendidas aproximadamente 1,5 tonelada de drogas e armamentos de guerra em um galpão localizado no bairro Flores, zona centro-sul de Manaus. O prejuízo ao crime organizado foi calculado em R$ 24 milhões.
No dia 18 de abril, as Polícias Civil e Militar, em conjunto com a Polícia Federal, desarticularam um grupo criminoso formado por cinco colombianos e um amazonense, apreendendo 300 quilos de drogas, entre maconha tipo skunk e cocaína.
Em 18 de maio, policiais do Departamento de Investigação sobre Narcóticos (Denarc), em conjunto com a Core-AM, deflagraram uma operação que resultou na prisão de três pessoas da mesma família. Com elas, foram apreendidos 500 quilos de maconha tipo skunk e oxi, avaliados em R$ 7,5 milhões.
Ainda em maio, o DRCO, em ação conjunta com o Comando de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar do Amazonas (PMAM) e com apoio da Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PC-RJ), apreendeu aproximadamente uma tonelada de maconha tipo skunk no município de Iranduba (a 27 quilômetros de Manaus).
No dia 6 de junho, policiais do Denarc e da Core-AM apreenderam 50 quilos de cocaína, avaliados em R$ 3,7 milhões, e prenderam seis indivíduos pertencentes a uma organização criminosa.
Ainda no mesmo mês, no dia 17, policiais do Denarc apreenderam 55 quilos de maconha tipo skunk em uma picape no porto do bairro Puraquequara, zona leste. A droga tinha como destino Belém e, posteriormente, seria enviada para a Europa. O prejuízo ao crime organizado foi estimado em mais de R$ 1 milhão.
No dia 25 de julho, equipes do Denarc, com apoio tático da Core-AM, deflagraram a Operação CDD 4, resultando na desarticulação de um centro de distribuição de drogas e na apreensão de mais de uma tonelada de entorpecentes, entre maconha tipo skunk e cocaína, avaliados em R$ 20 milhões.
Durante a Operação Dublê, em 15 de agosto, policiais do DRCO, com apoio da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) e da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), apreenderam 72 quilos de cocaína pura, avaliados em R$ 1 milhão.
No dia 22 de agosto, policiais do DRCO apreenderam 1,2 tonelada de entorpecentes, incluindo maconha tipo skunk e cocaína, em um caminhão nas proximidades do Porto da Ceasa, na zona sul. A droga foi avaliada em mais de R$ 20 milhões.
Na Operação Águas Seguras, a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) apreendeu cerca de 100 quilos de maconha dentro de uma casa no bairro Jorge Teixeira, zona leste. O material foi avaliado em R$ 2 milhões.