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PMs são suspeitos de estuprar detenta durante transferência de Humaitá para Manaus

PMs são suspeitos de estuprar detenta durante transferência de Humaitá para Manaus

Caroline Vasco
Por Caroline Vasco | 27/07/25 às 12:36h

Policiais Militares são suspeitos de estuprar uma detenta durante a transferência dela do município de Humaitá, no interior do Amazonas, para Manaus.

Novo caso de estupro

De acordo com a Defensoria Pública do Amazonas (DPE-AM), o caso chegou à instituição por meio da Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP), após relato feito pela vítima no momento de acolhimento no Centro de Detenção Feminino (CDF), onde passou a cumprir prisão preventiva. O caso foi registrado na Polícia Civil, com confirmação pericial e confissão do agente penitenciário envolvido.

A situação está sendo acompanhada por uma força-tarefa formada pela Defensoria Pública, Polícia Civil, Ministério Público e SEAP, com o objetivo de garantir a proteção integral da vítima, apoio psicossocial e a devida responsabilização dos envolvidos.


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Ofício ao CNJ

Ainda segundo a DPE, o órgão oficiou o Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas (DMF/CNJ) para comunicar um novo caso de violação grave envolvendo uma detenta.

No ofício, a Defensoria reforça a urgência da adoção de medidas que assegurem a integridade física e emocional de mulheres privadas de liberdade, especialmente em deslocamentos realizados a partir do interior do estado.

Afastamento

Em nota, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informou que tomou conhecimento da denúncia no dia 18 de julho e adotou imediatamente todas as medidas para prestar assistência à detenta. Os exames médicos comprovaram conjunção carnal.

Além disso, a Seap informou que os policiais militares envolvidos foram afastados e depois exonerados das funções. Um inquérito foi instaurado no dia 21 de julho, pela Polícia Civil.

Segundo caso

A denúncia ocorre em menos de uma semana em que um caso de estrupro coletivo cometido por policiais militares veio à tona e ganhou repercussão nacional.

Uma indígena de 29 anos, da etnia Kokama, revelou que foi estuprada por cinco PMs e um guarda municipal durante 9 meses, o tempo em que ficou presa na delegacia do município de Santo Antônio do Içá. Neste sábado (26/07), os suspeitos foram presos.