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Saiba motivo de protesto que parou a Avenida Brasil

A Avenida Brasil, na zona Oeste de Manaus, foi bloqueada por manifestantes nesta terça
30/10/25 às 20:26h
Saiba motivo de protesto que parou a Avenida Brasil

A Avenida Brasil, na zona Oeste de Manaus, foi bloqueada por manifestantes nesta quinta-feira (30/10), após a morte do jovem João Pedro, conhecido como JP, de 19 anos, durante uma operação da Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam), na última terça-feira (28), no bairro Vila da Prata, zona Oeste da capital.

Os manifestantes contestam a versão divulgada pela Polícia Militar (PM) sobre as circunstâncias da morte do jovem. Segundo a corporação, o jovem foi morto durante uma troca de tiros em ação de combate ao tráfico de drogas na região.

O motivo da manifestação

Vídeos gravados por moradores mostram um jovem sendo rendido e revistado sem oferecer resistência durante a operação.

Nas imagens, o jovem apontado seria João Paulo, que aparece sem camisa e com as mãos na cabeça sendo abordado por um dos agentes da Rocam. Em seguida, ele é conduzido até um beco, enquanto outros policiais observam. Pouco tempo depois, os PMs retornam carregando um corpo enrolado em um lençol.

O que diz a família

Os familiares questionam a versão oficial do caso. Durante a manifestação, parentes afirmaram que João Paulo não tinha ligação com o crime e cobraram uma investigação rigorosa. “Mataram um inocente, queremos justiça”, afirmou um familiar.

Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram manifestantes bloqueando a via com pneus e ateando fogo, provocando congestionamento intenso e levando à interdição temporária do trecho. Moradores também relataram a presença de um helicóptero sobrevoando a área durante o protesto.

Na manifestação, a advogada da família, Taiane Costa, afirmou que a versão oficial da polícia não condiz com o que as imagens mostram.

“A gente luta para que nossa versão seja ouvida. A família está lutando para ser ouvida. A mídia divulga que houve confronto, mas não foi confronto; ele foi executado pelos policiais”, declarou.

Taiane Costa, advogada da família de João Pedro (Foto: Reprodução/Facebook)

Taiane também denunciou dificuldades para registrar um Boletim de Ocorrência (BO) na Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), junto com os familiares. Segundo ela, o objetivo era formalizar a denúncia e solicitar uma investigação independente sobre a conduta dos agentes envolvidos.

O caso foi inicialmente registrado no 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP).

A Polícia Militar foi acionada para controlar o trânsito, apagar as chamas e garantir a segurança no local.


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O que diz a polícia

A Rocam informou, em nota, que a ação da terça-feira (28) ocorreu em resposta à “injusta agressão” sofrida pelos policiais durante uma operação contra o tráfico de drogas. Segundo a corporação, a equipe foi recebida a tiros ao chegar ao beco Arthur Virgílio, na Vila da Prata, em Manaus, após denúncias sobre a comercialização de entorpecentes.

Durante o confronto, um dos suspeitos foi atingido e levado ao SPA Joventina Dias, no bairro Compensa, onde não resistiu aos ferimentos. Outros envolvidos conseguiram fugir pelos becos e quintais da região.

No local, os agentes apreenderam um revólver calibre .38, munições, porções de oxi e maconha, duas balanças de precisão e R$ 152 em dinheiro.