Professor é preso sob suspeita de estuprar menino autista de 13 anos

Imagem ilustrativa de algemado (Foto: Divulgação)
A Polícia Civil de Alagoas prendeu, na última quarta-feira passada (17/09), um professor de geografia, de 37 anos, sob suspeita de abusar sexualmente de um adolescente autista de 13 anos. O caso aconteceu no bairro Serraria, em Maceió, e se torna ainda mais sério devido ao passado do suspeito, que já havia sido acusado em 2024 por zoofilia e posse de material relacionado a abuso sexual infantil, conforme informou a delegada titular do caso em coletiva de imprensa.
A investigação revelou que o homem usava um nome diferente para se aproximar do jovem por meio de um perfil falso em um aplicativo de namoro. Ele negou o crime.
Segundo a mãe da vítima, o filho passou a apresentar alterações significativas no comportamento, o que a fez conferir as mensagens trocadas entre ele e o docente.
As suspeitas foram confirmadas quando o porteiro do prédio afirmou ter visto o jovem saindo com um homem “barbado e tatuado”. O menino relatou o abuso à mãe logo após o ocorrido. Câmeras de segurança captaram imagens do docente levando o menor até o local do ataque. A identificação do veículo empregado, um carro prata, fortaleceu as evidências coletadas pela Delegacia de Crimes Contra Crianças e Adolescentes da Capital (DCCCA).
O professor está preso, segundo a Polícia Civil, enquanto as investigações continuam para formalizar a acusação ao Ministério Público.
Assista a coletiva de imprensa sobre o caso:
O que diz o fundamento jurídico?
De acordo com o Código Penal (CP), o delito se classifica no artigo 217-A, que aborda o estupro de vulnerável, com uma pena de reclusão variando de 8 a 15 anos. A pena pode ser aumentada devido ao fato de a vítima ser menor de 14 anos e ter deficiência. Por sua vez, o artigo 234-B estabelece um aumento de pena quando meios eletrônicos são usados para aliciamento.
O artigo 312 do Código de Processo Penal (CPP) permite a prisão preventiva em razão da gravidade do delito, da manutenção da ordem pública e para garantir a aplicação da lei penal. O inquérito deve ser finalizado em 10 dias, levando em conta que o réu está detido.
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Além de envolver a Justiça criminal, o caso traz à tona os perigos da exploração de crianças e adolescentes em ambientes virtuais e a urgência de uma vigilância digital mais rigorosa por parte de familiares e autoridades.
