Cinco pessoas foram presas no Amazonas por envolvimento em um caso de extorsão mediante sequestro, relacionado ao tráfico de drogas. A ação faz parte da Operação Indecoris, deflagrada pelas polícias Civil e Militar do Amazonas. Um dos investigados, Kaike Gomes da Silva, de 26 anos, conhecido como “FH”, continua foragido.
As prisões ocorreram entre os dias 31 de março e 11 de abril, sendo a última realizada na terça-feira, 15 de abril. Entre os detidos estão uma mulher de 33 anos e dois homens de 31 e 42 anos. Dois dos envolvidos são agentes de segurança pública.
O secretário de Segurança Pública do Estado, coronel Vinícius Almeida, destacou que a atuação das forças de segurança é imparcial e rigorosa, independentemente da posição de quem comete o crime.
“Quem transgride a lei deve responder por seus atos. As prisões mostram que não compactuamos com irregularidades, mesmo entre nossos próprios agentes”, afirmou.
A operação teve início após a Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam) prender um agente de segurança suspeito de participação no crime. A partir dessa prisão, a DEHS iniciou as investigações e conseguiu identificar outros envolvidos, incluindo outro servidor público.
De acordo com o delegado Ricardo Cunha, titular da DEHS, o grupo criminoso era composto por seis pessoas, sendo cinco já capturadas.
“O trabalho investigativo revelou que os suspeitos sequestravam vítimas com ligações ao tráfico, as submetiam à tortura e exigiam pagamento em dinheiro”, explicou.
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O delegado adjunto Danniel Antony relatou detalhes sobre o último sequestro praticado pelo grupo.
“A vítima foi rendida, retirada de seu carro e colocada em outro veículo. Em seguida, foi torturada enquanto os criminosos exigiam a quantia de R$ 5 mil. No mesmo dia, ao perceberem que a Rocam já havia iniciado as buscas, decidiram libertar a vítima”, disse.
Um dos sequestradores foi preso em flagrante ainda no mesmo dia, enquanto dirigia o carro usado no crime. A prisão levou à captura dos demais suspeitos nos dias seguintes.
Segundo o coronel Bruno Azevedo, chefe do Estado-Maior da PMAM, já foram instaurados procedimentos administrativos para apurar a conduta dos policiais militares envolvidos. “Ambos estão à disposição da Justiça no Núcleo Prisional da PM. A instituição não tolera desvios de conduta. O processo interno vai avaliar se eles têm condições de continuar na corporação”, ressaltou.
Denúncias
A Polícia Civil solicita que informações sobre o paradeiro de Kaike Gomes da Silva sejam repassadas pelo número (92) 98118-9535, da DEHS, ou pelo 181, da Secretaria de Segurança Pública. O sigilo do denunciante é garantido.

Encaminhamentos
Os presos responderão pelos crimes de extorsão mediante sequestro, tortura, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Eles permanecem à disposição da Justiça.