A Polícia Civil do Amazonas solicitou a prisão preventiva dos integrantes do “Bonde dos Mauricinhos” após o prazo para que se entregassem não ter sido cumprido, que era até às 23h59 de segunda-feira (21/10).
No entanto, apesar desse novo pedido, o grupo não poderá ser preso, pois, a partir desta terça-feira (22/10), inicia o período do segundo turno das eleições municipais.
O Código Eleitoral, em seu artigo 236, veda que autoridades prendam ou detenham qualquer eleitor, 5 dias antes até 48 horas após a eleição (ou seja, até terça-feira). As exceções são flagrante delito ou para o cumprimento de uma sentença penal por crime inafiançável.
Além disso, o pedido de prisão preventiva da PC precisa ser acatado pela Justiça do Amazonas.
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Os jovens, identificados Enrick Benigno, Marcos Mota e Pedro Baima, viralizaram nas redes sociais após a divulgação de vídeos em que aparecem armados em carros de luxo, ateando fogo em área de mata e também disparando tiros em locais públicos e privados na cidade, além de xingar moradores de rua em Manaus.
Durante uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (22/10), o secretário de Estado de Segurança Pública, coronel Vinícius Almeida, sugeriu que eles se apresentassem, acompanhados de seus advogados, até o fechamento dos trabalhos cartorários de ontem. Caso contrário, o delegado responsável pelas investigações representaria pela conversão das prisões temporárias em preventivas, o que de fato ocorreu.
Durante as buscas nas residências dos suspeitos, os investigadores apreenderam diversos equipamentos eletrônicos, celulares e computadores, além de diversas munições e um case de arma de fogo.
O caso novamente retorna à apreciação do Poder Judiciário, devendo haver antes uma nova manifestação do Ministério Público a respeito do pedido formulado.