Nesta terça-feira (9/7), a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC), deflagrou a Operação Marca D’água para investigar o agendamento irregular da nova Carteira de Identidade Nacional (CIN).
Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão, resultando na coleta de equipamentos, incluindo computadores, que passarão por perícia.
Segundo o delegado Paulo Benelli, titular da DERCC, as denúncias começaram a chegar em novembro de 2023, relatando a venda de agendamentos para o registro de identidade, o que desencadeou as investigações.
Durante a investigação, verificou-se que não se tratava de um grupo organizado, mas de diversas pessoas aproveitando-se para realizar esses agendamentos.
A operação continua com o objetivo de localizar e responsabilizar os indivíduos que vendiam as vagas, dificultando o acesso para depois oferecer facilidades por valores entre R$ 25 e R$ 30. Este comportamento configura crime contra a economia popular, prejudicando a coletividade.
“As apurações prosseguem para determinar se o processo de venda era manual ou se envolvia um sistema automatizado. As vagas de agendamento eram esgotadas entre 10 e 15 minutos devido a esse uso indevido”, informou Benelli.
Leia mais:
VÍDEO: Criminosos que jogaram bombas caseiras no Rapidão Rodoanel pedem desculpas
VÍDEO: Polícia Militar de SP vai apurar vídeo em que policiais celebram massacre do Carandiru
VÍDEO: Suposto assaltante capota carro durante fuga no bairro Monte das Oliveiras
Oito pessoas foram conduzidas à delegacia, ouvidas e liberadas após assinarem o Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), pelo qual responderão judicialmente.
Esse crime está previsto no Art. 2º da Lei nº 1.521/1951 como crime contra a economia popular, com pena de reclusão de 1 a 5 anos, além de multa.