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VÍDEO: operação da PF contra garimpo ilegal destrói mais de 80 balsas no AM

Ação atua em conjunto com a Força Nacional e avança até Rondônia
VÍDEO: operação da PF contra garimpo ilegal destrói mais de 80 balsas no AM

Foto: Reprodução

Uma operação federal contra o garimpo ilegal no sul do Amazonas resultou na destruição de mais de 80 balsas nesta segunda-feira (15/9). A ação, conduzida pela Polícia Federal e pela Força Nacional, ocorre ao longo dos rios entre os municípios de Manicoré e Humaitá (AM) e segue até a cidade de Calama, em Rondônia.

Segundo levantamento do Greenpeace realizado no final de agosto, mais de 500 balsas foram identificadas na região.

Durante a operação, helicópteros sobrevoaram a orla de Humaitá e lançaram bombas de gás lacrimogêneo. Vídeos de dragas sendo explodidas na região também circulam nas redes sociais. Elas eram usadas para extração de ouro. A destruição das balsas atende a uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF), com autorização do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Veja o vídeo:

A extração de ouro sem autorização da Agência Nacional de Mineração (ANM) é considerada crime ambiental, o que justifica, segundo o MPF, as ações repressivas.

Na última semana, a Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM) tentou suspender a operação junto ao STJ, mas teve o pedido negado. A Defensoria Pública da União (DPU) argumentou que o órgão estadual não tem competência para interferir em ações de âmbito federal.

A DPE-AM também solicitou uma audiência urgente com o Ministério da Justiça e Segurança Pública para discutir a suspensão do uso de explosivos nas operações. O principal argumento é o impacto ambiental causado pelas explosões, que estariam gerando vazamentos de óleo e matando peixes e outros animais consumidos por comunidades ribeirinhas.

O que disse a prefeitura de Manicoré?

A prefeitura de Manicoré manifestou repúdio à operação e ressaltou que moradores foram colocados em situação de risco.

“A operação colocou em risco a segurança da população local. As explosões decorrente da queima de balsas criaram um sério risco de desbarrancamento, ameaçando a integridade física de quem reside nas proximidades do Porto da Matriz”, diz um trecho da nota.

Leia o comunicado na íntegra:

(Foto: Reprodução/Instagram)