
Mulher se passa por juíza, promotora e agente do FBI e acaba presa em Mossoró
Uma mulher de 46 anos foi presa em flagrante em Mossoró (RN), na última quarta-feira (20/8), acusada de usar documentos falsos e se apresentar como autoridade em diversos cargos públicos. Entre as funções que ela afirmava exercer estavam juíza, promotora, desembargadora, advogada, agente do FBI e chefe da Interpol.
A prisão ocorreu depois que um motorista de aplicativo desconfiou do comportamento da passageira, que viajava com a mãe e a filha, e acionou a Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-304. No momento da abordagem, ela apresentou uma carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) com sinais de falsificação. O documento não tinha chip, trazia dados inconsistentes e até o número de registro pertencia a um advogado do Paraná. Também foi encontrado um certificado de posse adulterado.
Na Delegacia de Polícia Civil, os materiais foram periciados e a fraude confirmada. O celular da suspeita também foi apreendido para análise. A mãe e a filha dela prestaram depoimento e foram liberadas.
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Na audiência de custódia, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte concedeu liberdade provisória mediante o pagamento de dois salários mínimos, além de impor medidas cautelares, como comparecimento a todos os atos do processo e restrição para mudar de endereço sem autorização judicial.
Segundo apuração da polícia, a mulher já havia se envolvido em atos políticos. Em Juazeiro do Norte (CE), cidade onde morava, ela participou de manifestações após a derrota de Jair Bolsonaro em 2022, chegando a acampar em frente ao Tiro de Guerra da cidade, vestida de verde e amarelo e com a bandeira do Brasil.
O caso segue sob investigação da Polícia Civil e do Ministério Público, que buscam identificar se ela chegou a usar as credenciais falsificadas em outras situações
*Com informações G1 e Terra.
