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Motociclista pede retratação pública após avanço das investigações sobre agressão em Manaus

O caso é apurado no 3º Distrito Integrado de Polícia (DIP)
30/12/25 às 15:55h
Motociclista pede retratação pública após avanço das investigações sobre agressão em Manaus

Foto: Reprodução

Após a prisão de um dos suspeitos de envolvimento na tentativa de roubo e agressão contra a corretora de imóveis e musa da escola de samba Mocidade Independente de Aparecida, Márcia Santos, de 37 anos, o motociclista de aplicativo Ismael Gomes anunciou que vai acionar a Justiça contra ela. A informação foi confirmada nesta terça-feira (30), quando Ismael afirmou que teve a imagem divulgada como se fosse o agressor, passou a receber ameaças de morte e sofreu prejuízos profissionais após o caso.

Corretora de imóveis e musa da Aparecida, Márcia Santos, de 37 anos

Segundo Ismael, desde que a acusação se espalhou nas redes sociais, ele procurou uma delegacia por conta própria para esclarecer que não foi o responsável pela corrida e apresentou detalhes do seu deslocamento, incluindo informações de GPS, para reforçar que não participou do crime. Conforme as investigações e vídeos obtidos pela polícia, a corretora teria subido em uma moto diferente da solicitada no aplicativo, justamente a do criminoso, e apontou Ismael como agressor com base apenas nos dados exibidos na plataforma.


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Ainda de acordo com o relato, posteriormente, Márcia teria informado em depoimento que o agressor estava de capacete, o que, na avaliação de Ismael, contradiz a segurança com que ele foi identificado publicamente.

“Ela teve todo esse tempo de se retratar comigo, de mandar mensagem, de me procurar, e em nenhum momento ela procurou”, disse.

Com a comprovação da inocência, Ismael afirma que voltou a trabalhar, mas relata que foi bloqueado da plataforma logo após o caso viralizar, ficando dias sem exercer a atividade. Por isso, ele diz que buscará reparação judicial e pede retratação pública.

“Nós queremos uma retratação pública”, declarou.

A advogada Nicole Menezes informou que a ação deve incluir indenização por danos morais e materiais, alegando que Ismael teve a reputação abalada e sofreu perdas financeiras por ter sido afastado do trabalho. A defesa reforça que pretende cobrar que a retratação tenha a mesma proporção da acusação que circulou nas redes:

“Da forma como ela acusou ele, ela vá publicamente também se retratar… e nós também, obviamente, vamos pedir uma indenização tanto por danos materiais… e indenização por danos morais”.

O caso é apurado no 3º Distrito Integrado de Polícia (DIP), onde também tramita a investigação relacionada à denúncia de calúnia. Ismael e Márcia devem prestar novo depoimento para esclarecimentos complementares.

A falsa acusação teria ocorrido no início de dezembro, quando Márcia publicou um vídeo nas redes sociais, aparecendo com hematomas e relatando ter sido agredida durante uma tentativa de assalto. Após o avanço das investigações e a prisão de um suspeito, a versão inicial foi reavaliada, e Ismael passou a sustentar que foi injustamente apontado como autor do crime.