A mãe do jovem Kennedy Miranda, de 22 anos, morto com um tiro na cabeça pelo policial militar Edersson C. Lira, se emocionou ao falar sobre sua relação com o filho e deu detalhes de como recebeu a notícia do crime na última quarta-feira (25/12).
Em entrevista à imprensa nesta sexta-feira (27/12), a mulher, conhecida como Rosalina, se desesperou ao lembrar do filho, pediu justiça e ainda revelou que o jovem, que morava em Autazes pensou em não passa o Natal em Manaus.
“Mas eu quero que a justiça seja feita pela vida do meu filho que eu amo demais. Meus filhos, meus irmãos, toda a família, o pai dele está para morrer também por causa dele. Um filho querido que todo mundo amava, não tinha maldade no coração com ninguém”, disse Rosalina.
“Ele estava trabalhando e chegando meio dia. Ele disse “mãe, acho que não vou mais não”. Ele disse que ia ligar para leidiana e disse que ia ligar para beira. Mas depois disse que ia viajar para ajudar a Leidiana (namorada)”.
📌 "Que a justiça seja feita", diz mãe de jovem morto por PM durante o Natal pic.twitter.com/xRmWEfvMGS
— Rede Onda Digital (@redeondadigital) December 27, 2024
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Rosalina descreveu como foi o momento em que soube da morte do filho: uma vizinha foi até sua casa e informou que outra filha queria falar com ela. Quando a mãe atendeu, a filha disse que Kennedy havia sofrido um acidente e estava no hospital.
Para não preocupá-la, a menina falou que o irmão tinha se envolvido em um acidente. No entanto, logo depois, a mulher soube que seu filho havia sido assassinado.
O crime
O sargento da PM, Edersson Oseias Lira é suspeito de matar Kennedy Miranda, de 22 anos, com um tiro na cabeça durante confraternização de Natal em família, por volta de 0h10 de quarta-feira (25/12), no bairro Jorge Teixeira, zona Leste de Manaus.
Kennedy e a esposa saíram do município de Autazes para passar o Natal com a irmã da ex-esposa do policial militar Edersson, que teria chegado embriagado na casa da ex e chamado a vítima de vagabundo.
Kennedy não gostou e questionou o suspeito, que em seguida, sacou a arma e atirou três vezes contra o jovem. Ele ainda chegou a ser socorrido pela família, mas morreu horas depois na unidade de saúde.
Na manhã desta sexta-feira (27/12), o policial militar se entregou na Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), após ter a prisão temporária decretada pela Justiça do Amazonas.