Douglas Gustavo Guimarães Campos, 22, e Paulo Victor de Oliveira Repolho, 24, tiveram a prisão em flagrante convertida em preventiva nesta quarta-feira (17) pelo suposto crime de extorsão, falsa identidade e invasão de dispositivo informático de uso alheio. De acordo com a Polícia Civil, três vítimas já foram até a delegacia denunciar a dupla. Os presos tinham, supostamente, ligação com perfis de redes sociais que somam mais de 600 mil seguidores;
Douglas e Paulo, segundo a Polícia Civil, extorquiam as vítimas e ameaçavam divulgar fotos íntimas em um grupo de aplicativo de mensagens para mais de 200 mil integrantes. Eles foram presos na última segunda-feira (15), por policiais civis da Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Cibernéticos (Dercc).
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De acordo com o delegado Antônio Rondon, titular da Dercc, a decisão demonstra total intolerância para esse tipo de crime, uma intolerância que não só está no Poder Judiciário, mas como em toda sociedade. Segundo ele, apesar de ambos não terem antecedentes criminais, o caso se torna ainda mais grave pelo sofrimento causado às vítimas, ao serem expostas, conforme apontou a decisão judicial.
O crime
As investigações iniciaram após uma jovem, 22, registrar um Boletim de Ocorrência (BO) na Dercc, informando que estavam circulando fotos íntimas dela em grupo de aplicativo voltado à venda de conteúdo pornográfico; lá eles falavam que para mandar as fotos explícitas, sem emojis, os integrantes deviam transferir os valores para uma chave pix cadastrada no nome de Paulo Victor.
Segundo Rondon, Douglas possivelmente teve acesso a essas imagens invadindo o aparelho celular das vítimas, por meio de links distribuídos pelas redes sociais, e quando elas clicavam, automaticamente, ele conseguia invadir e ter acesso às imagens. Paulo Victor era responsável pela conta bancária onde os valores eram depositados. Os golpistas conseguiram arrecadar em poucos dias mais de R$ 2,5 mil.
Investigações
As investigações deste caso terão continuidade para averiguar a participação de outras pessoas no delito.
Segundo informações da Polícia Cívil, Douglas era administrador de dois perfis em uma rede social, o “Manaus Memes” e “Chora Manaus”, que juntos somam mais de 600 mil seguidores; já Paulo Victor era o dono da conta bancária onde as quantias eram depositadas.