O julgamento do tenente Joselito Pessoa Anselmo, acusado de matar dois policiais militares (PMs) em Manaus, que iria iniciar nesta quarta-feira, 14, foi adiado. O crime aconteceu dentro de um carro da Polícia Militar do Amazonas (PM-AM), em 2019, depois que os três e outros dois homens saíram de uma festa. O réu responde ao processo em liberdade.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM), o júri popular foi adiado, “em razão da ausência de promotor de justiça designado”.
De acordo com o juiz do caso, o “procurador-geral de Justiça não designou, até o momento, novo promotor de Justiça para realizar o Júri. Em razão da ausência de promotor designado, o Júri terá que ser redesignado”. No momento, ainda não há nova data definida.
Em julho de 2020, o tenente teve a prisão preventiva revogada pelo TJ-AM. Na época, a justiça alegou que o “réu primário” tinha “colaborado com a instrução processual”. Na ocasião, também foi determinado o julgamento seria por júri popular.
O crime
Os PMs foram assinados no dia 5 de janeiro de 2019, por volta das 2h.
Conforme a investigação, os dois policiais militares foram mortos após uma discussão dentro de um carro da corporação, na Rua Monte Horebe, bairro Colônia Terra Nova, Zona Norte de Manaus.
Os três policiais voltavam de uma festa. Na época, a Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (Dehs) informou que cinco pessoas estavam no veículo: quatro policiais e um homem civil. Dois morreram e os outros dois ficaram feridos. Joselito Pessoa Anselmo, tenente na PM, que também estava no carro, foi preso em flagrante, suspeito de efetuar os disparos contra os companheiros.
Um sargento e um cabo de 40 e 36 anos, respectivamente, foram mortos. Eles trabalhavam em diferentes Companhias Interativas Comunitárias (Cicoms) de Manaus. Além deles, um major e um civil, de 40 e 26 ficaram feridos.
No dia do crime, a DEHS encontrou dentro do carro um balde com garrafas de bebidas alcoólicas e materiais de uso da polícia.