Subiu para 64 a quantidade de relatos de casos de assédio sofridos por mulheres por parte do do juiz Marcos Scalercio. Do total, 18 relatos foram enviados como denúncia ao Conselho Nacional do Ministério Público e dois ao MP-SP (Ministério Público de São Paulo). Três mulheres estão com processos abertos em tramitação na Justiça.
As denunciantes são advogadas, estagiárias, juízas, bacharéis e servidoras do TRT. Algumas relatam que foram agarradas e forçadas a beijar o juiz em espaços privados e públicos. Uma delas contou que, em uma reunião por videochamada, o professor apareceu nu e se masturbando.
Em nota, os advogados de defesa do juiz afirmaram que as acusações contra Marcos Scalercio “já foram objeto de crivo e juízo de valor pelo órgão correcional e colegiado do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região. Ele foi absolvido pelo tribunal, e o caso foi arquivado”, afirmou a defesa de Scalercio.
As denúncias vieram à tona após a repercussão de acusações de assédio sexual a três mulheres entre 2014 e 2020. O Me Too Brasil encaminhou o caso ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça), depois de o TRT da 2ª Região dizer que não havia provas suficientes para abrir processo.
Em nota, o CNJ informou que os fatos relacionados ao juiz Marcos Scalercio estão sendo apurados sob segredo de Justiça. Caso a infração seja comprovada, poderá acarretar um Processo Administrativo Disciplinar. Caso contrário, ocorrerá o arquivamento do procedimento.