Os irmãos Alce Ruan M. Araújo, de 24 anos, conhecido como “Mussum”, e Ryan M. Araújo, de 22 anos, foram presos na quinta-feira (27/02), em uma embarcação quando chegava em Manaus. Eles eram procurados por latrocínio do professor Fábio Jorge de A. da Cruz, de 35 anos.
Segundo informações da polícia, o crime ocorreu no dia 29 de janeiro deste ano, em Tefé. Fábio Jorge foi encontrado morto dentro de casa, na avenida Tiradentes, bairro Monte Castelo, em Tefé (a 523 quilômetros de Manaus). A vítima apresentava mais de 17 golpes de faca no tórax, pescoço e rosto, além de um golpe profundo na cabeça.
Os suspeitos tinham mandados de prisão preventiva e foram localizados por policiais civis da Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Tefé, com apoio da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core) e Delegacia Fluvial (Deflu). Com eles, foram encontrados documentos falsos.
As medidas cautelares foram expedidas pelo Juiz de Direito, Dr. Rafael da Rocha Lima, da Central de Plantão de Comarca de Tefé – do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), que aceitou a representação da autoridade para esclarecer o delito.
De acordo com o delegado Paulo Mavignier, diretor do Departamento de Polícia do Interior (DPI), um dos envolvidos mantinha um relacionamento com Fábio Jorge. Imagens de câmeras de segurança registraram os assassinos chegando à casa do professor.
“Alace Ruan tinha um relacionamento com o professor e o convidou para beber em sua casa. No local, ele e Ryan esfaquearam Fábio até a morte e, em seguida, roubaram diversos objetos de valor da vítima”, explicou o delegado.
Mavgnier informou, ainda, que ambos já possuem passagens pela polícia por crimes como roubo e latrocínio no município. As investigações continuam para apurar a origem dos documentos falsificados e verificar se eles agiam com outros indivíduos.
Os dois homens responderão por latrocínio, previsto no artigo 157, parágrafo 3º do Código Penal Brasileiro, e permanecerão à disposição da Justiça.
Fábio Jorge
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Fábio Jorge era natural de Tefé. Ele era estudante do curso de Letras – Língua Inglesa na Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e trabalhava na área administrativa na Cáritas da Prelazia no município.
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Além da vida acadêmica e do trabalho, Fábio Jorge era engajado em causas sociais, bem como na defesa dos direitos LGBT+ simpatizantes, dos mais frágeis e de várias direções na defesa da vida e da dignidade do ser humano.
Após o assassinato com frieza, familiares e amigos pediram justiça. O cortejo fúnebre no dia 1º de fevereiro deste ano foi marcado por comoção e protesto nas ruas de Tefé.