Polícia revela que Hospital Santa Júlia cadastrou médica sem especialização como pediatra junto ao Ministério da Saúde

Foto: Divulgação
O Hospital Santa Júlia teria cadastrado no sistema do Ministério da Saúde a médica Juliana Brasil como pediatra, embora ela não possua especialização registrada na área, segundo informações divulgadas, nesta segunda-feira (15/12), pelo delegado Marcelo Martins, do 24º Distrito Integrado de Polícia (DIP).
Juliana é investigada após prescrever superdosagem de adrenalina por via intravenosa, o que teria causado a morte do menino Benício Xavier, de 6 anos, no dia 23 de novembro durante atendimento na unidade de saúde.
“Nós constatamos, através de consultas a fonte aberta do Ministério da Saúde, que a médica Juliana Brasil foi cadastrada perante o Ministério da Saúde como médica pediatra, ou seja, não é ela que faz essa declaração, é o próprio hospital”, disse o delegado.

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No entanto, no site do Conselho Regional de Medicina do Amazonas (Cremam), Juliana aparece como médica sem especialidade registrada. Apesar de ter sido afastada das funções no Hospital Santa Júlia, ela consta com situação regular.

Ainda de acordo com o delegado, o profissional do Hospital Santa Júlia que teria feito o cadastro da médica na plataforma do Ministério da Saúde pode responder criminalmente.
“Alguém do hospital realizou essa declaração perante o Ministério da Saúde, afirmando que a médica Juliana era uma médica pediátrica, e essa pessoa pode responder por falsidade ideológica. Essa é uma outra circunstância que será apurada em termos de responsabilização criminal”, explicou.
Procurado, o Hospital Santa Júlia ainda não se manifestou oficialmente sobre o cadastramento da médica nem sobre as denúncias relacionadas ao caso. O espaço permanece aberto.






