Um homem de 25 anos foi preso, nesta segunda-feira (24/02), suspeito de estuprar, engravidar uma criança de 11 anos, no município de Envira, no interior do Amazonas. A vítima foi vendida pela própria mãe por R$ 100 para o suspeito.
A mulher também foi presa e deve responder junto com o homem por tráfico de pessoas, abandono de incapaz e estupro de vulnerável. Além disso, a investigação revelou que a mãe da vítima estava negligenciando e explorando sexualmente a filha, segundo informações divulgadas, nesta quarta-feira (26/02), pelo delegado Paulo Mavignier, diretor da Polícia Civil no interior do Amazonas (DPCI).
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Investigações sobre o estupro da crinça
Segundo o delegado Henrique Maciel, do 66º Distrito Integrado de Polícia (DIP), o caso veio à tona em novembro de 2024, quando a menina foi internada no Hospital de Envira apresentando mal-estar. Após exames, os médicos constataram que ela estava grávida.
O Conselho Tutelar do município convocou a irmã do suspeito para comparecer à sede do órgão. Durante o depoimento, ela relatou que a mãe da vítima havia entregado a menina ao homem aos 9 anos em troca de R$ 100. Desde então, ele passou a conviver e se relacionar com ela. Além disso, informou que a mulher é usuária de drogas.
De acordo com o delegado, após essas informações, a Polícia Civil foi acionada para dar continuidade às investigações. Em escuta especializada, a menina revelou que o infrator tinha uma dívida com sua mãe relacionada a drogas e que essa dívida foi quitada em troca dela. Ela também era forçada a se relacionar com outros homens sob influência da mãe.
Cultura de estupro no interior
O delegado Paulo Mavignier alertou sobre a cultura do estupro que é algo “normalizado” no interior do Estado. A criança vivia como esposa do suspeito e foi constatado que ela já possuía apego emocional com o homem.
Embora seja normalizado, mas ter conjunção carnal ou praticar ato libidinoso com menor de 14 anos é crime de estupro de vulnerável.
Procedimentos
A mãe e o suspeito responderão por tráfico de pessoas, abandono de incapaz e estupro de vulnerável. Eles já estão à disposição da Justiça.