Um grupo suspeito de cometer vandalismo e entrar em confronto com a polícia foi preso, entre segunda (17/02) e terça-feira (18/02), suspeito de cometer vandalismo e entrar em confronto com a polícia no município de Humaitá, no interior do Amazonas.
Os suspeitos foram identificados como Diego Barreto, Geovane de Oliveira, Maxwelde Moraes de Souza e João Paulo de Souza. O crime ocorreu no dia 21 de agosto de 2024 durante protestos de garimpeiros na cidade.
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Segundo a polícia, as manifestações começaram depois que a Polícia Federal destruiu cerca de 300 dragas durante a Operação Prensa, realizada na calha do Rio Madeira.
Balsas de garimpo
As balsas ou dragas utilizadas pelo garimpo ilegal são estruturas com uma ponta chamada de “abacaxi” e uma tubulação conectada a uma motobomba acoplada a um motor a diesel. A ponta perfura o leito do rio, revirando os sedimentos, enquanto a motobomba suga a água e a despeja novamente no rio — procedimento conhecido como “arroto”. Nesse processo, também é utilizado mercúrio, que contamina a água e mata os peixes da área.
A deterioração da qualidade da água prejudica diretamente as comunidades indígenas, já que muitas dessas balsas estão localizadas em frente a territórios tradicionalmente ocupados. Os indígenas relatam que não conseguem beber essa água e, quando bebem, passam mal. Além disso, a utilização dessas estruturas causa danos também porque, de tempos em tempos, os garimpeiros trocam o óleo do motor e jogam os resíduos no rio.