Um episódio chocante mobilizou populares, agentes da segurança pública e profissionais da saúde no Centro de Manaus, na tarde deste sábado (7/6). Um homem foi flagrado empurrando o próprio pai, já sem vida, em uma cadeira de rodas pela avenida Eduardo Ribeiro — uma das mais movimentadas da capital amazonense.
A vítima foi identificada como José Pequenino da Costa. Segundo a Polícia Militar, por meio de agentes da 24ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), o idoso não morreu no local. A informação foi confirmada posteriormente pela equipe de perícia técnica, que constatou sinais de rigidez cadavérica — indicando que o óbito havia ocorrido há, no mínimo, três horas.
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De acordo com testemunhas, o filho caminhava com o corpo do pai como se ele estivesse apenas desacordado. Foi a população que percebeu algo estranho e deteve o homem até a chegada da polícia. O Samu foi acionado, e a equipe médica confirmou o óbito.
“Ele já estava com rigidez, bem duro. Então não foi aqui que ele morreu. Esse senhor já veio sem vida de algum lugar. Só não sabemos pra onde ele estava levando o corpo”, relatou um perito presente na cena.
O filho, cujo nome ainda não foi divulgado pelas autoridades, alegou que o pai teria passado mal e que, na tentativa de socorrê-lo, o colocou na cadeira de rodas para levá-lo até um posto de saúde. No entanto, a história levantou dúvidas entre os peritos e policiais, e o homem foi levado à Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) para prestar esclarecimentos. Ele não foi conduzido em camburão, mas sim no banco traseiro da viatura policial, o que reforça o caráter investigativo do caso.
Moradores e comerciantes que presenciaram a cena disseram nunca ter visto algo parecido. “A gente pensou que ele tava só fraco, mas depois vimos que já estava morto fazia tempo. Foi uma cena muito triste e bizarra”, relatou uma vendedora ambulante da área.
A DEHS deve investigar a origem do trajeto, o local real do falecimento e se o filho cometeu algum crime, como omissão de socorro ou ocultação de cadáver. A idade do idoso não foi divulgada até o momento.
O caso gerou comparações com histórias bizarras que viralizaram em outros estados e nas redes sociais, como o famoso “caso do tio Paulo”, citado por moradores no local — uma situação semelhante em que um corpo foi levado pelas ruas como se estivesse vivo.
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