Bruno Cristher Araújo de Souza, de 24 anos, foi preso nesta segunda-feira (08/04), pelo homicídio qualificado cometido contra a própria tia, Sandra Eline Rodrigues de Souza, de 49 anos. A vítima foi morta com disparo de arma de fogo em novembro do ano passado.
Em coletiva de imprensa, o delegado Ricardo Cunha, titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), destacou que as investigações apontaram que Sandra Eline teve a vida ceifada pelo próprio sobrinho, em decorrência do tráfico de drogas.
“No primeiro momento, o autor tentou contar outro relato, dizendo que a tia teria sido baleada por homens que chegaram em uma motocicleta, porém, as investigações evoluíram e colocaram o indivíduo na cena do crime. Inclusive, ele chegou a comemorar a morte dela em uma postagem em rede social”, relatou o delegado.
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Investigações
Segundo a polícia, o crime aconteceu por volta das 14h do dia 17 de novembro de 2023, na casa dela, situada na rua 89, conjunto Francisca Mendes, bairro Cidade Nova, zona norte da capital.
A delegada Marília Campello, adjunta da DEHS, contou que durante depoimento, Bruno apresentou várias versões para a morte de Sandra Eline, chegando a inclusive dizer que o disparo foi acidental.
No entanto, a conclusão é que ele era uma espécie de “soldado” do tráfico e matou a tia a mando de Jeferson Nascimento Silva, conhecido como “Jegui”, que foi preso no dia 15 de fevereiro deste ano, em Santa Catarina. “Jegui” é uma liderança do tráfico e é apontado como autor de diversos homicídios em Manaus.
Conforme a delegada, dois meses antes do crime, Bruno Cristher já havia quebrado as pernas dela, em uma situação característica de castigo imposto pelo tráfico de drogas. O chefe dele ordenou o castigo contra ela, que era usuária de entorpecentes, pelo fato dela chamar atenção da vizinhança e até da polícia quando queria usar drogas.
Inclusive, um mês depois, a irmã de Sandra Eline identificada como Sigrid Eva Rodrigues também foi assassinada a tiros na mesma casa. Segundo Bruno, o mandante desse homicídio também seria o “Jegui”. Esse caso segue em investigação.
“Verificamos que ele chegou a comemorar a morte da tia, mas ao saber que estava sendo investigado, apagou as postagens e começou a dizer que estava de luto, em uma tentativa de despistar as diligências”, contou Marília.
A casa onde eles moravam era utilizada como ponto de venda de entorpecentes. O autor responderá por homicídio qualificado e ficará à disposição da Justiça.