Ex-delegado-geral de SP, assassinado, havia reclamado da falta de segurança contra PCC

(Foto: Divulgação)
O ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, assassinado na noite de segunda-feira (15/9), havia relatado em entrevista à rádio CBN, há duas semanas, que vivia sem qualquer proteção contra ameaças do Primeiro Comando da Capital (PCC). Durante a conversa, ele expressou preocupação com a própria vulnerabilidade.
“Eu tenho proteção de quem? Eu vivo sozinho aqui na Praia Grande, que é o meio deles. Hoje eu não tenho estrutura nenhuma”, afirmou.
O policial, que chegou ao mais alto cargo da corporação, já havia sido alvo de ameaças ao longo da carreira, especialmente em investigações que atingiram facções criminosas.
Entenda o caso
Uma câmera de segurança registrou o momento do atentado. As imagens mostram Ruy Ferraz dirigindo um carro em aparente tentativa de fuga, quando perdeu o controle da direção, bateu contra um ônibus e capotou. Na sequência, criminosos que seguiam em outro veículo desembarcaram e dispararam diversos tiros contra o carro do delegado (assista abaixo).
🚨VEJA: Momento em que o ex-delegado-geral de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, foi morto a tiros em Praia Grande. Ele era um dos maiores inimigos do PCC.
— CHOQUEI (@choquei) September 16, 2025
Combate ao PCC
Fontes foi o primeiro delegado a investigar a atuação do PCC no estado de São Paulo, no início dos anos 2000, enquanto chefiava a Delegacia de Roubo a Bancos do Deic. Em 2019, chegou a ser jurado de morte por Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado como líder máximo da facção, após a transferência dele para o sistema penitenciário federal.
Mais tarde, Ruy Ferraz chegou ao cargo máximo da corporação, tornando-se delegado-geral da Polícia Civil paulista. Atualmente, ocupava a Secretaria de Administração de Praia Grande, onde foi morto.
