O juiz Anésio Rocha Pinheiro, da 9ª Vara Criminal de Manaus, manteve, na última terça-feira (22/10), a prisão preventiva de Janderson Cabral Cidade e Lucas Lima, condenados pela morte do jovem indígena Melquisedeque Santos do Vale.
O crime ocorreu em dezembro de 2021, quando a vítima voltava do trabalho durante um assalto em um ônibus na capital amazonense. A decisão reforça a necessidade da prisão dos réus enquanto aguardam o início do cumprimento de suas penas.
Melquisedeque, que tinha 19 anos, foi morto a tiros sem motivo aparente após os três acusados — Janderson, Lucas e Davi Souza da Silva — terem embarcado no coletivo se passando por garis e anunciado o assalto. De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM), Janderson foi o autor dos disparos que vitimaram o jovem indígena.
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Após o julgamento realizado em junho de 2023, Janderson Cabral foi condenado a 28 anos e oito meses de prisão, enquanto Lucas Lima recebeu uma pena de 36 anos e nove meses, ambos em regime inicial fechado. Já Davi Souza, o terceiro envolvido no crime, continua foragido, tendo sido condenado à revelia a 30 anos e dez meses de reclusão.
Apesar das tentativas da defesa para reverter a condenação, com recursos apresentados ao Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), a decisão foi mantida. Em agosto deste ano, o tribunal rejeitou o recurso interposto por Janderson, confirmando a sentença de primeira instância.
O caso de Melquisedeque Santos do Vale ganhou grande repercussão na mídia local, destacando-se pela brutalidade do ato e pela vulnerabilidade da vítima.