Dor nas costas: Ortopedista fala sobre problema moderno que se transformou em vilão da coluna

Foto; Getty Images.
Já se foi o tempo em que dor nas costas era considerado um problema de pessoas idosas: De acordo com o Sistema de Informações Hospitalares do SUS, os atendimentos relacionados a essa queixa cresceram 37,5% nos últimos cinco anos, especialmente em pacientes entre 20 e 59 anos. E uma mudança comportamental pode ter contribuído para isso.
Segundo Luciana Ferrer, médica ortopedista especialista em coluna, estresse, má postura e sedentarismo continuam entre os principais fatores de risco, mas o maior vilão da coluna, muitas vezes, está na palma da mão: O celular.
Ferrer afirma:
“Quando a cabeça fica inclinada para frente no uso das telas, como celular, há uma sobrecarga em até cinco vezes o peso que cervical precisa sustentar. O que desencadeia dores precoces , contraturas musculares e até problemas nos discos intervertebrais”.
A má postura em decorrência do uso excessivo do celular ganhou até um nome na literatura médica, a Síndrome do Pescoço de Texto ou Text Neck.
Hoje em dia, o uso de games e computadores, combinados com o Text Neck, só exacerbaram o problema.
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Quando se preocupar com a dor na coluna?
Para pessoas que passam o dia trabalhando sentados, a especialista recomenda:
- Mantenha os pés apoiados no chão,
- Mantenha a coluna bem encostada na sua cadeira,
- Monitore a altura dos olhos,
- E principalmente, faça intervalos entre 30 a 40 minutos.
Ela alerta para sinais de que a dor rotineira precisa de avaliação médica:
- Dor que persiste por mais de 7 dias,
- Perda de força de algum membro,
- Dores que afetam o sono,
- Dores que irradiam para outros membros, como braços e pernas.
De acordo com a cirurgiã ortopédica e especialista em coluna, a fisioterapia, o fortalecimento da musculatura, a correção postural, o controle do peso e medicações analgésicas e anti-inflamatórias são alguns dos tratamentos mais comuns.
Quanto mais precoce a avaliação, mais eficaz o tratamento. Por via das dúvidas, a médica garante: é melhor buscar atendimento, e deixar o celular no bolso por mais tempo.
*Com informações de Metrópoles






