Uma amiga, que preferiu não ser identificada, revelou em entrevista exclusiva à Rede Onda Digital, a estratégia utilizada por Camila Barros para transportar drogas durante viagens de Manaus à Europa.
Camila era patroa da babá Geovana Costa, de 20 anos e está presa desde o dia 29 de agosto por suspeita de envolvimento na morte da jovem. O corpo da babá foi encontrado com sinais de tortura no dia 19 de agosto, em um terreno baldio, no bairro Tarumã, na zona Oeste da capital amazonense.
“O pessoal que vai proteger ela, que deve está pagando advogado, é o pessoal do tráfico porque está com medo que ela abra a boca de quem é o tráfico internacional, por que ela levava a menina [Geovana]. Agora, em outubro [ela iria viajar], ela dizia para mim que ia fazer programa”, contou a mulher.
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A amiga contou que a patroa viajava com frequência e burlava o sistema de segurança do aeroporto para transportar as drogas, aproveitando conexões aéreas que não levantariam suspeitas. Além disso, a babá seria usada como ‘mula’ para levar os entorpecentes no estômago ao exterior.
“Eu sei que eles iam para o aeroporto e eles não entravam na lista de embarque, eles entravam direto no avião, por isso que [a polícia] não pegava [as drogas]. Olha como o negócio era tão forte, é uma coisa tão pesada…eu só sei te dizer que eles não entravam na fila do embarque, eles já iam direto para o avião. Desciam em Brasília e já iam direto para outro avião, não tinha o nome deles na lista de passageiros, muito bem esquematizado. É algo muito grande. Lá [no exterior], eles tinham uma vida de luxo”, revelou a amiga de Camila.
Em nota, a assessoria do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes informou “que cumpre todos os procedimentos de segurança da aviação civil estabelecidos pela ANAC e pela legislação vigente, garantindo que todos os passageiros sigam o processo de inspeção”. E disse ainda que os “casos suspeitos identificados são imediatamente encaminhados para o Núcleo de Polícia Aeroportuária (NPAER)”.
A equipe da Rede Onda Digital pediu informações da Polícia Federal, mas até o momento não obteve respostas.