Nesta quinta-feira (13/06), o delegado Cícero Túlio, titular do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), falou sobre o caso Djidja Cardoso, durante entrevista ao canal Beto Ribeiro. A autoridade policial deu detalhes sobre o estado de saúde de Audrey e como Ademar, irmão de Djidja, chegou ao uso da ketamina em pó.
De acordo com o delegado Cícero Túlio, se o pai da Audrey não tivesse conseguido resgatá-la da situação que se encontrava, ela possivelmente estaria morta.
“A Audrey já deu o depoimento dela na nossa unidade policial, ela ainda esta numa situação de recuperação. Não reconhece a dependência, apesar de que todos os sinais, e os aspectos físicos demonstram que ela esta em uma situação de vulnerabilidade por conta da dependência”, afirma Túlio.
Audrey Schott, é companheira de Ademar, e precisou ser internada para tratar da dependência química, causada pelo o uso do medicamento controlado de uso veterinário. Ela também chegou a ser mantida em cárcere privado na casa dos Cardoso.
Ainda segundo o delegado, o irmão de Djidja, Ademar Cardoso, preso no dia 30 de maio deste ano, foi o primeiro a ter acesso ao ketamina. O medicamento é um anestésico geral utilizado em procedimentos cirúrgicos veterinários, que tornou-se uma droga recreativa devido aos efeitos alucinógenos que proporciona aos usuários.
“Há cerca de dois anos, o Ademar teria ido pra Inglaterra, e possivelmente tenha tido o seu primeiro contato com aquela substância [ketamina]. Retorna para o Brasil, e continua sua relação de companheiro com Audrey. Ele passa a conviver com ela [Audrey], e tem contato com um casal de amigos da Audrey, e esse casal de amigos acaba apresentando a forma em pó da substância ketamina”, disse delegado.
📌Caso Djidja: Delegado afirma que se o pai de Audrey não tivesse resgatado a filha, ela poderia estar morta pic.twitter.com/FIpfbvUzLd
— Rede Onda Digital (@redeondadigital) June 13, 2024
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Ademar Cardoso foi preso preventivamente, juntamente com a mãe, Cleusimar Cardoso e a gerente do salão de beleza Belle Femme, Verônica Seixas, dois dias após a morte de Djidja Cardoso. A principal suspeita da morte da ex-sinhazinha é que ela tenha sido vítima de uma overdose de ketamina.
A policia civil do Amazonas deflagrou a Operação Mandrágora para investigar tráfico de ketamina e outras drogas consumidas pela família Cardoso. A operação já prendeu dez pessoas envolvidas no esquema criminoso.