Cleusimar Cardoso foi interrogada pela delegada Juliana Viga, da Delegacia Especializada em Crimes contra o Meio Ambiente (Dema), nesta quinta-feira (18/07), no Centro de Detenção Provisória Feminina (CDPF). Ela é suspeita de drogar cães e cobras durante rituais da seita “Pai, Mãe, Vida”.
Após a morte de Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Garantido, no fim de maio por suspeita de overdose de ketamina, a Dema recebeu denúncias de que a família Cardoso aplicava drogas nos animais durante os rituais.
Na época, duas cobras e cinco cachorros foram resgatados na casa de Cleusimar e foram submetidos a exames para detectar se os animais foram submetidos a algumas das substâncias que foram encontradas pela polícia durante as investigações.
Nas redes sociais, viralizou um vídeo em que Ademar Cardoso, irmão de Djidja, aparece segurando uma cobra enquanto inalam uma fumaça que supostamente seria de maconha.
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A polícia também recebeu denúncia relatando que teriam aplicado ketamina em um dos cachorros da família, o que teria causado uma parada cardíaca no animal. Além disso, durante um dos rituais da seita, uma funcionária da família teria salvado uma cobra das mãos de Cleusimar após ela estrangular e chacoalhar o animal.
Cleusimar Cardoso está presa desde o dia 30 de maio. Ela foi apontada pela polícia como líder da seita “Pai, Mãe, Vida” e que promovia o uso de ketamina durante os rituais com a falsa promessa de alcançar a plenitude espiritual. Durante a Operação Mandrágora, 10 pessoas foram presas por envolvimento no esquema de uso e venda da droga. Todos os envolvidos foram denunciados pelo Ministério Público do Amazonas (MPAM) por tráfico de drogas e associação para o tráfico.
A equipe da Rede Onda Digital entrou em contato com a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) para obter informações sobre a investigação em relação aos animais de Djidja, mas até o fechamento desta matéria não obteve resposta.