“Careca do INSS” e empresário são presos pela PF, suspeitos por desvios

Foto: Reprodução
Antônio Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, e o empresário Maurício Camisotti, acusados de operarem o esquema de desvio de recursos de aposentados e pensionistas do INSS, foram presos pela Polícia Federal (PF), nesta sexta-feira (12/9), com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF).
Suspeitas da PF
Segundo as investigações, o “Careca do INSS” seria um intermediário dos sindicatos e associações, e recebia recursos debitados indevidamente dos aposentados e pensionistas, e repassando porcentagens para servidores do Instituto ou familiares e empresas ligadas a eles.
Cerca de R$ 53.586.689,10 foram recebidos por pessoas físicas e jurídicas ligadas ao “Careca do INSS”, segundo a investigação.
Leia também:
CPMI do INSS pede a prisão preventiva de amazonense e mais 20 envolvidos
VÍDEO: Líder do PL e deputado do PT brigam na CPMI do INSS
A investigação aponta Camisotti como um dos beneficiários finais. Em depoimento, ele negou as acusações.
Sobre a Fraude do INSS
A fraude, exposta em 2025, envolve desvio de bilhões de reais de aposentados e pensionistas por meio de descontos indevidos dos benefícios. O esquema foi descoberto pela Polícia Federal (PF) e Controladoria-Geral da União (CGU) na Operação ‘Sem Desconto’, deflagrada em abril.
Como funcionava o esquema?
Descontos ilegais
Associações e sindicatos de fachada, por meio de propina a servidores do INSS, cadastravam ilegalmente aposentados e pensionistas como membros.
Falsificação de documentos
As associações e sindicatos falsificavam assinaturas dos beneficiários para autorizar descontos mensais diretamente da folha de pagamento.
“Serviços” de fachada
As entidades ofereciam falsos serviços de assistência jurídica, descontos em planos de saúde ou academias, mas não tinham estrutura para fornecê-los.
Sem conhecimento das vítimas
Muitos aposentados e pensionistas não percebiam a fraude, já que os valores eram descontados diretamente do benefício e nem sempre eram claramente identificados no extrato, a menos que fosse feita uma verificação detalhada.
*com informações da CNN, Jovem Pan e Metrópoles
