As principais notícias de Manaus, Amazonas, Brasil e do mundo. Política, economia, esportes e muito mais, com credibilidade e atualização em tempo real.
Rede Onda Digital
Assista a TV 8.2

Caso Beni: ‘Meu filho estava cuspindo sangue’, revela pai sobre medicação errada no Hospital Santa Júlia

O caso foi registrado no 24º Distrito Integrado de Polícia (DIP) e as investigaçõe seguem em andamento
26/11/25 às 11:19h
Caso Beni: ‘Meu filho estava cuspindo sangue’, revela pai sobre medicação errada no Hospital Santa Júlia

Foto: Reprodução

“Eu já estava vendo que o meu filho já estava cuspindo sangue e saindo sangue pelo nariz dele, me ajoelhei novamente, após ter conversado com a médica, eu ajoelhei, pedi, orei, rezei bastante, gritei bastante pelo nome dele”, revelou Bruno Freitas, pai do menino Benício Freitas, de apenas 6 anos, que morreu após a aplicação de medicação errada no Hospital Santa Júlia, no Centro de Manaus.

A criança deu entrada no pronto-atendimento com suspeita de laringite e morreu, na madrugada de domingo (23/11), após a médica prescrever três doses de adrenalina intravenosa, 3 ml a cada 30 minutos.

De acordo com Bruno, a mãe do menino, Joyce Freitas, teria questionado a técnica de enfermagem sobre o uso de adrenalina na veia, e que a criança só tinha feito o uso do medicamento na nebulização. “A Joyce questionou ela, mas ‘por que adrenalina intravenosa?’  ‘por que na veia, ele nunca tomou na veia, ele sempre foi pela nebulização’? Aí a minha esposa perguntou, ‘cadê a nebulização?’, aí ela [técnica de enfermagem] apontou assim com o dedo, com a caneta,mas tá prescrito que a dose tem que ser intravenosa, os 3ml’, então a minha esposa, nós não questionamos, confiamos”, relembrou.


Leia mais

Menino que morreu no Hospital Santa Júlia sofreu 6 paradas cardíacas após medicação errada

Menino de 6 anos morre após suposto erro de medicação em hospital de Manaus


Em seguida, o menino começou a passar mal, teria ficado pálido, com os lábios e os olhos vermelhos e teria dito “Mãe, meu coração está queimando” ao relatar o que estava sentindo após a primeira dose de adrenalina.

Ainda de acordo com o pai do garoto, Benício sofreu 6 paradas cardíacas antes de ser decretado a morte cerebral. “Quando estou falando com a minha esposa, a médica vem em sequência e fala que ele não resistiu, ele já estava com somente o coração dele, já tinha morte cerebral. Então ela falou que ele não resistiu, isso quando ela falou eu entrei, a porta estava aberta da UTI, eu entrei e quando eu cheguei lá meu filho já estava sem nenhum aparelho conectado, já estava morto. Pedi desculpa por tudo que a gente não conseguiu fazer, que ele ia para o céu”, contou.

O Hospital Santa Júlia lamentou a morte do menino e informou que  fará uma análise técnica detalhada de todas as etapas do atendimento, conduzida pela Comissão de Óbito e Segurança do Paciente.

O caso foi registrado no 24º Distrito Integrado de Polícia (DIP) e as investigaçõe seguem em andamento.