Nesta terça-feira (19) foi realizado a segunda audiência de instrução criminal relacionada a morte do motorista de transporte particular, Sérgio Fragoso Monteiro, de 50 anos, assassinado no dia 18 de junho de 2021.
Leia mais:
TJAM rejeita queixa-crime contra ex-secretário de Administração Penitenciária
O homicídio aconteceu após a vítima sair de dentro de sua casa localizada no bairro Vila da Prata, zona Oeste de Manaus, e abrir a porta para ver quem estava no pátio. Sérgio foi alvejado com tiro de um policial.
O homicídio foi durante a operação do Grupo Força Especial de Resgate e Assalto (FERA) da Polícia Civil e foi articulada pelo Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), e o Departamento Geral de Combate à Corrupção, Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro, aconteceu em cumprimento aos mandados de prisão e de busca e apreensão em nome de líderes de uma organização criminosa.
A operação “Colisão pelo Bem” foi realizada entre a Polícia Civil do Amazonas e a Polícia Civil do Rio de Janeiro. A polícia visava prender criminosos envolvidos nos ataques em Manaus e no interior entre os dias 5 e 8 de junho do ano passado.
A primeira audiência de instrução sobre o caso foi realizada no dia 09 de junho deste ano, onde a esposa de Sérgio, Marcilene Machado foi ouvida.
Durante essa segunda audiência foi ouvida uma médica legista do Instituto Médico Legal (IML) do Estado do Amazonas, além de três testemunhas de defesa. Também foi realizado o interrogatório do réu. Concluída a audiência de instrução, o magistrado abrirá prazo para memoriais (alegações finais), com o processo ficando concluso para decisão (quando o magistrado decidirá se o réu será submetido a júri popular).
A Audiência de Instrução terminou com o pedido do assistente de acusação do MP, Vilson Benayon, para que filmagens fossem colocadas nos autos do processo.
“Durante a instrução um dos policiais informou que existia filmagens, solicitamos do Juiz que estas filmagens fossem juntadas aos autos com o objetivo de esclarecer e, principalmente, comprovar que seu Sergio morreu na hora com um tiro de fuzil no peito, caiu morto e os policiais (dupla que entrou na casa) com objetivo de ocultar ou dificultar a comprovação do crime levaram seu corpo até o hospital 28 de agosto, onde foi atestado sua entrada ás 5h40min, comprovando que os policiais adentraram na casa de seu Sérgio antes de amanhecer o dia, um crime em que nós não podemos nos calar”, disse o advogado Vilson Benayon.