Árbitro assistente é preso acusado de agredir ex-namorada jogadora do Manaus

(Foto: Divulgação)
O árbitro assistente da Federação Amazonense de Futebol (FAF), Hugo Agostinho Chaves da Paixão, de 28 anos, foi preso na manhã desta quarta-feira (10/9), em Manaus, acusado de agredir a ex-namorada, a zagueira Joice de Souza dos Santos, 23, jogadora do Manaus Futebol Clube no Campeonato Amazonense Feminino.
A prisão ocorreu após denúncia registrada por Joice na Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM), na última segunda-feira (8). A atleta também relatou as agressões em suas redes sociais, mobilizando apoio do público e do meio esportivo.
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Relato da vítima
Joice afirmou que manteve um relacionamento de três meses com Hugo e decidiu terminar após a relação se tornar “tóxica”. Ao retornar ao imóvel onde vivia com o árbitro para retirar seus pertences, teria sido agredida com socos, tapas e tentativa de enforcamento.
“Eu achei que iria morrer. Foi desesperador”, declarou a jogadora ao ge.
Natural de Borba (a 172 km de Manaus), Hugo Paixão faz parte do quadro da FAF e já atuou em jogos do Campeonato Amazonense Masculino e Feminino, além da Série D do Campeonato Brasileiro. Em agosto, chegou a ganhar destaque nacional ao aparecer no programa Globo Repórter, em reportagem sobre árbitros amazonenses, onde dividiu o campo com a mãe, também assistente de arbitragem.
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A Federação Amazonense de Futebol informou, em nota, que o árbitro está preventivamente suspenso de todas as atividades até a conclusão das apurações. O órgão também comunicará a situação à CBF para avaliação em nível nacional.

O Manaus Futebol Clube declarou repúdio a qualquer ato de violência e garantiu apoio jurídico e psicológico à atleta.
Já a diretora de futebol feminino da FAF, Alessandra Campelo, que também é deputada estadual e Procuradora Especial da Mulher da Aleam, acompanhou a prisão e se manifestou nas redes sociais:
“Justiça por Joice! A prisão do assistente de arbitragem apontado como agressor é o primeiro passo para que a justiça seja feita. Violência doméstica não combina com os valores do esporte e não deve ser tolerada em hipótese alguma.”
