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Amazonense é encontrada morta no rio Jaguari, em Piracaia (SP); marido é preso suspeito do crime

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Um crime bárbaro mobilizou a Delegacia de Polícia de Piracaia, no interior paulista. Clisia L. da Silva, de 35 anos, foi encontrada morta na manhã da última quarta-feira (30/10), boiando em um açude do rio Jaguari, nas proximidades da rodovia José Augusto Freire, no bairro Barrocão. O assassinato caracterizava como passional ou acerto de contas motivado por vingança.

Na condição de anonimato, uma fonte confirmou à Rede Onda Digital que o corpo apresentava marcas de torturas: a vítima estava com mãos e pés amarrados. Após os procedimentos, o Instituto Médico Legal (IML) fez a remoção do cadáver. Horas depois do ocorrido, as tatuagens na pele da mulher foram cruciais para a identificação na comparação de fotos recebidas. Em um dos formatos, o nome da filha, Lara Alicia.

À Rede Onda Digital, o delegado Luiz Carlos Zilioti, titular da unidade policial de Piracaia, informou que as diligências iniciaram após o recebimento de denúncias anônimas, dando conta de que o principal suspeito do crime seria o marido da vítima, identificado como Edson Fernando S. Cardoso, de 36 anos.

“A princípio não tínhamos nenhuma pista. Em casos como esses sugere confusão dentro de organizações criminosas ou mulher enciumada. Com avanços das investigações, o laudo de exame de necropsia descartou estupro. E no andamento das investigações, descobrimos que se tratava de um crime passional”, destacou o delegado Zilioti.

A autoridade policial esclareceu, ainda, que a equipe de investigação teve acesso as mensagens enviadas por meio de WhatsApp, que continham erros gramaticais e gírias. Tão logo, a família duvidou das mensagens que foram envidadas para uma amiga, que mora no Rio de Janeiro.

Edson Fernando e Clisia (Foto: Reprodução/Instagram)

Também chamou a atenção da polícia que a troca de mensagens por meio de aplicativo instantâneo não existiam áudios ou telefonemas, o que indicavam que a vítima estava incomunicável com os seus familiares e amigos há dias. Conforme uma amiga da vítima, Edson Fernando demonstrou desinteresse pelo sumiço de Clisia desde 28 de outubro, aumentando ainda mais a desconfiança sobre ele.

Em contrapartida, a polícia obteve informações de que Clisia já havia feito um Boletim de Ocorrência (B.O.) em agosto deste ano, no município de Extrema, interior de Minas Gerais. No relato, Clisia declarou que Edson fez ameaças com dizeres: “Se você não for minha, não será de mais ninguém”. Ela ainda mencionou no documento policial que era agredida fisicamente e atingida com objetos.

“As informações colhidas não restam dúvidas que Edson Fernando é autor do crime. Pelo levantamento, ele manteve Clisia nos dias 28 e 29 em algum lugar, e depois a matou no dia 30. Clisia já tinha comentando com a irmã que não queria mais manter o relacionamento, o que deixou ele furioso. Em casos de rejeição, os homens ficam mais violentos. É na rejeição que eles matam. Matam mesmo”, explicou o delegado.

Ainda segundo o delegado Zilioti, não há dúvidas que Edson Fernando cometeu o crime e pode ter sido auxiliado por alguém. Edson Fernando preferiu se manter em silêncio.

A ordem de prisão temporária por 30 dias foi representada ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo – 1ª Varada da Comarca de Piracaia, com deferimento da representação pelo Ministério Público. Com fulcro no artigo 1º, incisos I e II, da Lei nº 7.960/89, foi decretado a prisão temporária em desfavor de Edson Fernando.

Com apoio da Delegacia Seccional de Bragança Paulista, sob a coordenação do delegado Sandro Montanari, Edson Fernando foi localizado nesta quinta-feira (31/10), em Extrema, no sul de Minas Gerais, já na condição de procurado da Justiça. Ele será submetido a exame de corpo de delito e passará por audiência de custódia, sendo posteriormente, levado para um presídio de Piracaia, onde ficará à disposição da Justiça.


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Traslado

Após a triste notícia, familiares relataram para a reportagem que estão sem condições de realizar o traslado do corpo de Clisia da cidade de Piracaia para Manaus. O laudo do IML apontou como causa da morte: politraumatismo craniano na cabeça e coluna, causado por pancadas. Clisia era natural de Manacapuru (a 68 quilômetros de Manaus) e deixa uma filha menor de idade.

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