Não é segredo para ninguém o compromisso partidário e eleitoral que o senador Plínio Valério tem com o seu atual partido, o PSDB. Inclusive, o senador amazonense é um ferrenho defensor da chamada “reconstrução do PSDB”, que ocorre a nível nacional. No Amazonas, a missão de Valério é estruturar o partido nos seus 62 municípios, e eleger uma grande quantidade de vereadores.
Na capital amazonense, o seu partido, que está federado com o Cidadania, tem o nome de Amom Mandel para a Prefeitura de Manaus. Pré-candidatura que, segundo as mais recentes pesquisas, estaria facilmente em um segundo turno se as eleições fossem hoje. Cenário que coloca o PSDB/Cidadania em protagonismo.
Segundo uma apuração exclusiva deste colunista, Plínio Valério tem um compromisso inabalável com o seu atual partido; entretanto, o senador amazonense é rotineiramente convidado para ingressar em outras siglas. A principal delas, o Partido Liberal do ex-presidente Jair Bolsonaro.
As eleições 2026 e a reeleição de Plínio Valério
Comecemos pelo óbvio. Se Amom Mandel se tornar o próximo prefeito de Manaus; é evidente que Plínio Valério se manterá no partido e será o senador apoiado pelo Executivo Municipal. Nesse cenário, a chance de Valério ser o mais votado do pleito aumentam consideravelmente.
Entretanto, se isso não acontecer, e com seu compromisso cumprido no PSDB, em 2026 é plenamente possível que o senador amazonense procure uma sigla que melhor lhe dê condições de buscar a sua reeleição. E se isso depender dos seus amigos do PL, o senador já tem uma casa certa para ir.
Valério é muito bem quisto no Partido Liberal, sobretudo por defender pautas unanimes na direita, como a independência do Banco Central, conquistada por um projeto do senador tucano.
Nos bastidores, sabe-se que Plínio Valério vem construindo o seu projeto de reeleição com bastante pragmatismo e discrição, e que não pode ser subestimado. Assim como em 2018, em 2026 o cidadão terá direito a dois votos para o Senado; e é no segundo voto que “mora o perigo”, pois esse voto pode surpreender a disputa e eleger os “subestimados”, como ocorreu com Valério em 2018.