O ex-jogador Robson de Souza, o Robinho, estava sem algemas e visivelmente nervoso na audiência de custódia realizada na noite de quinta-feira (21/3), na Justiça Federal de Santos, no litoral paulista. Logo depois, ele foi transferido para a Penitenciária 2 de Tremembé, no interior paulista, para começar a cumprir sua pena de 9 anos de reclusão por estupro.
Robinho disse que não foi torturado, que está bem de saúde, contou que tem três filhos menores de idade e que o pai está debilitado e será cuidado por familiares.
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O ex-jogador chegou a 1h desta sexta-feira (22/3) em Tremembé, conhecido como o “presídio dos famosos”. No Fórum Criminal da Barra Funda, da Justiça Estadual, as audiências de custódia costumam ser feitas com o preso algemado, por falta de segurança.
Espera-se que ele passe por um período de isolamento de até 15 dias, durante o qual especialistas da SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) apontarão onde ele ficará.
Entenda o caso
Robinho foi condenado a nove anos de prisão em 2017 pela Justiça da Itália, por participar de um estupro coletivo. Ele teria estuprado, junto com outros cinco homens, uma mulher albanesa em uma boate em Milão, na Itália. O crime ocorreu em 2013, quando o ex-atleta jogava pelo Milan.
Ao ser condenado, ele já estava morando no Brasil, e a legislação brasileira não permite extradição de um cidadão para outro país. Em fevereiro de 2023, o governo italiano pediu a homologação da decisão da Justiça do país que condenou o ex-jogador — o que permitiria que Robinho cumprisse a pena no Brasil. Em março, ele foi obrigado pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) a entregar seu passaporte.
Na quarta, 20/3, o STJ decidiu por homologar a condenação italiana, instituindo o cumprimento da pena no Brasil. A defesa dele entrou com pedido de habeas corpus para evitar a prisão, mas ele foi negado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux.
Com informações de Metrópoles.