O 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro julga, nesta quarta-feira (30/10), os assassinos confessos da vereadora Marielle Franco e do seu motorista Anderson Gomes. Ronnie Lessa e Élcio Queiroz são acusados de serem os executores dos homicídios, ocorridos em 14 de março de 2018.
Antes de entrar no tribunal, as duas famílias falaram com a imprensa por volta das 8h sobre a expectativa de condenação da dupla. Luyara Franco, filha de Marielle, disse:
“Enquanto filha, é difícil estar aqui, mas foi a coragem da minha família e da família do Anderson e também a coragem dos movimentos que não largaram as nossas mãos desde o dia 14 de março que fizeram a gente estar aqui de pé hoje, mas justiça para a gente, na verdade, seria se minha mãe estivesse aqui, se Anderson tivesse aqui”.
Já a viúva de Anderson Gomes, Ágatha Arnaus, se mostrou emocionada e disse que o julgamento é apenas o primeiro capítulo de um processo que levará justiça ao caso.
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Durante o julgamento, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) vai pedir ao Conselho de Sentença do 4º Tribunal do Júri a condenação máxima para os executores do crime. O Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) argumentará para que a pena dos réus Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz chegue a 84 anos de prisão.
Ronnie e Élcio foram presos na operação Lume, deflagrada pelo MPRJ e pela Polícia Civil, em março de 2019. Eles são assassinos confessos de Marielle e fecharam acordo de delação premiada.
Os acusados de serem mandantes dos crimes são o deputado Chiquinho Brazão (Sem partido) e seu irmão Domingos. Os dois estão presos. O delegado Rivaldo Barbosa é acusado de ter prejudicado as investigações. Há ainda outros acusados de terem participado dos crimes.
*Com informações de Agência Brasil e Metrópoles