Desde a virada do ano, os casos de virose dispararam na Baixada Santista, litoral de São Paulo, nos últimos dias. A procura por atendimento médico disparou e as unidades de saúde estão sobrecarregadas. Em Guarujá, o tempo de espera em uma delas passou de quatro horas.
Muitos chegam às unidades com os mesmos sintomas: dor de cabeça forte, dor nas articulações e nas costas, febre, náusea e diarreia.
Foram mais de 2 mil atendimentos a pessoas com virose só em dezembro de 2024. Em Santos, as unidades de urgência e emergência atenderam 273 pessoas com virose nos primeiros dias de 2025. Em dezembro de 2024, foram mais de 2,2 mil casos.
Já Praia Grande está lotada. Recebe cerca de 2 milhões de pessoas durante as festas de fim de ano, e o surto de virose sobrecarregou o atendimento. No pronto-socorro central, em alguns casos, o tempo de espera chegou a quatro horas.
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Em muitas farmácias, faltam medicamentos. Uma rede afirmou que está se esforçando para reabastecer as unidades. As autoridades de saúde das cidades atingidas investigam as causas do surto e afirmam que o cenário é comum nessa época do ano com aglomeração de pessoas e altas temperaturas.
A causa mais provável da contaminação
As medições realizadas pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) mostram que 15 praias do litoral paulista passaram mais da metade de 2024 com bandeira vermelha, impróprias para banho. As praias sujas são aquelas com mais riscos de contaminação pela virose.
O governo de São Paulo está orientando as pessoas a não entrarem na água em praias com bandeira vermelha. A Cetesb recomendou que os banhistas verifiquem a qualidade da água da praia e que não tomem banho de mar caso seja classificada como imprópria.
*Com informações do G1 e Metrópoles.