A Prefeitura de Campinas, no interior do estado de São Paulo, confirmou hoje, 4, mais duas mortes por febre maculosa na região. A cidade foi epicentro de um surto da doença em junho deste ano.
As vítimas são um homem de 46 anos, que apresentou os primeiros sintomas em 5 de julho, indo a óbito quatro dias depois. O provável local de infecção está em investigação. A outra vítima é um homem de 18 anos, que morreu em 28 de julho, depois de começar a perceber os sintomas no dia 23 de julho. O local provável de infecção é a Fazenda do Exército – 28º Batalhão de Infantaria Mecanizada (BIMec).
Leia mais:
Febre maculosa: conheça sintomas e saiba como evitar infecção
EXCLUSIVO: No AM, biólogo explica diferença de carrapatos que infecta animais e humanos
Um terceiro caso – uma mulher de 49 anos – foi confirmado pela prefeitura, porém, evoluiu para cura. O provável local de infecção fica em outro município. Ao todo, a cidade registra sete casos em 2023, com cinco mortes. No ano passado, Campinas confirmou 11 vítimas, das quais sete morreram.
Quatro das cinco vítimas do surto em junho estiverem em um show que ocorreu em 27 de maio, na Fazenda Santa Margarida, no distrito de Joaquim Egídio.
A doença
A febre maculosa é uma doença causada por uma bactéria, transmitida por picada de carrapato. Segundo o Ministério da Saúde, são três espécies de carrapato que transmitem a doença. Os principais sintomas são febre, dor de cabeça intensa, náusea e vômitos, diarreia, dor muscular, gangrena nos dedos e orelhas e paralisia dos membros que inicia nas pernas e vai subindo até os pulmões, causando paragem respiratória. A doença é considerada grave, pois leva 75% dos seus infectados a óbito.
A febre maculosa tem cura, mas o tratamento precisa ser iniciado precocemente com antibióticos apropriados.