No mês de outubro, houve uma variação significativa nos preços da cesta básica de alimentos em diversas capitais do país, de acordo com dados divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) nesta terça-feira (7).
As mudanças mais notáveis ocorreram em 12 capitais, com algumas registrando quedas acentuadas, enquanto outras apresentaram aumentos expressivos. Entre as capitais com as maiores reduções de preços, destacam-se Natal, Recife e Brasília, com quedas de 2,82%, 2,30% e 2,18%. Por outro lado, Fortaleza, Campo Grande e Goiânia apresentaram os maiores aumentos, com 1,32%, 1,08% e 0,81%.Porto Alegre foi a capital que apresentou o mais caro conjunto de alimentos básicos, R$ 739,21, seguida de Florianópolis (R$ 738,77), São Paulo (R$ 738,13) e Rio de Janeiro (R$ 721,17). Os menores valores foram registrados em Aracaju (R$ 521,96), João Pessoa (R$ 551,88) e Recife (R$ 557,10).
Em outubro, o leite integral registrou uma queda de preço em 15 capitais, enquanto o feijão carioquinha teve redução de preço em todas as áreas onde é pesquisado, (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Belo Horizonte e São Paulo).
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Além disso, o preço do tomate diminuiu em 12 cidades, mas, por outro lado, o custo da batata aumentou em todas as dez cidades do Centro-Sul onde a pesquisa foi realizada.
O preço do feijão tipo preto caiu em três das cinco capitais onde é pesquisado (Região Sul, Rio de Janeiro e Espírito Santo), já o arroz agulhinha aumentou em todas as capitais pesquisadas, assim como o do pão francês, que subiu em 13 localidades, e o do açúcar, em 11.
De acordo com análise da cesta de consumo mais cara, que foi em outubro na cidade de Porto Alegre, e considerando a exigência constitucional de que o salário mínimo deve abranger todas as despesas essenciais de uma família, incluindo alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese calculou que o valor necessário no nono mês do ano deveria ter sido de R$ 6.210,11. Isso representa 4,6 vezes o valor do salário mínimo atual, que é de R$ 1.320.