Profissional fajuta é presa por realizar transplantes capilares sem ser médica. A farmacêutica de 38 anos, dona de uma clínica em Muriaé, Minas Gerais, foi detida em flagrante na quarta-feira (3/07).
De acordo com as investigações da Polícia Civil de Minas Gerais, a suspeita era proprietária de uma clínica de três pavimentos, onde atendia dezenas de pacientes mensalmente. As investigações começaram após denúncias da Sociedade Brasileira de Dermatologia, que apontavam a falta de qualificação médica da profissional.
Conhecida como a “Rainha dos carecas”, a farmacêutica foi presa durante um procedimento de transplante capilar em andamento. A polícia precisou acionar a Vigilância Sanitária e um serviço médico para concluir a cirurgia do paciente.
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Apesar da intensa demanda, a clínica não contava com médicos habilitados para realizar os procedimentos cirúrgicos. Os transplantes eram executados por duas auxiliares de enfermagem, de 26 e 37 anos, que também foram presas por exercício ilegal da profissão.
Os procedimentos realizados utilizavam a técnica de Extração das Unidades Foliculares (FUE), que envolve a extração e o transplante individual das unidades capilares com instrumentos específicos. Aproximadamente R$ 17 mil, documentos e diversos medicamentos de uso restrito foram apreendidos pela polícia, sem que fossem apresentados receituários, notas fiscais ou confirmações dos fornecedores.
Investigações em andamento
O delegado Fábio Correia, responsável pelas investigações, afirmou que a próxima etapa do inquérito incluirá o depoimento dos pacientes atendidos pelas suspeitas. “Com o cumprimento dos mandados de busca, teremos acesso aos prontuários e iremos ouvir as pessoas para saber se todos tinham conhecimento que os procedimentos não eram feitos por médicos habilitados”, explicou.
Correia destacou as dimensões impressionantes da clínica, que contava com dois centros cirúrgicos, além de salas de medicamentos e consultórios. Após o flagrante, todas as suspeitas foram encaminhadas para a delegacia e a clínica foi interditada pela Vigilância Sanitária.