Nesta terça-feira (23/7), a Associação Orff-Schulwerk Argentina usou suas redes sociais para defender a professora de música filmada na última sexta-feira (19/07) imitando macacos no Centro do Rio, durante uma roda de samba. O vídeo que mostra a mulher e um homem dançando no evento de samba, frequentado principalmente por negros, viralizou e causou grande indignação.
Veja o vídeo:
A AAOrff é um órgão que se propõe a promover um programa de educação musical baseado nas ideias do compositor alemão Carl Orff. A mulher é filiada à associação, e estaria no Brasil a convite do Fórum Latino-Americano de Educação Musical.
Em seu comunicado, a AAOrff diz que o ato da sua professora não tem conotação racista na Argentina. Veja abaixo:
O perfil da AAOrff foi inundado de críticas de brasileiros depois do incidente. Os administradores da página desabilitaram os comentários nas postagens.
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Investigadores da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) apuram se a professora de música já deixou o Brasil. Eles acreditam que ela já teria deixado o país, porém isso não impediria que ela fosse indiciada futuramente caso ficasse comprovado algum crime.
No final da tarde de segunda (22), a Decradi encaminhou um ofício ao consulado argentino no Rio pedindo informações sobre a passagem da mulher pelo país. Os investigadores fizeram questionamentos sobre a identidade da suspeita, por quantos dias ela esteve no Rio e onde ficou hospedada.
O caso é investigado como racismo.
O homem que aparece dançando no vídeo também já foi identificado. Ele é brasileiro e será intimado a prestar esclarecimentos nos próximos dias.
Tanto a mulher quanto o homem excluíram suas contas nas redes sociais nos últimos dias.
O vídeo que viralizou foi gravado pela jornalista Jackeline Oliveira, que atua no gabinete da vereadora Monica Cunha (PSOL), no samba conhecido como “Pede Tereza”, na Praça Tiradentes, no Rio de Janeiro. Frequentadores da roda de samba naquele dia também vieram a público, afirmando que outros argentinos também imitaram macacos na saída do evento. Segundo o músico e organizador da roda de samba Pede Teresa, Wanderson Luna, os seguranças serão ouvidos na delegacia que investiga o caso.
*Com informações do G1.