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Preço do café deve permanecer em alta até maio

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Uma péssima notícia para os amantes de café. O preço do produto deve continuar subindo nas próximas semanas, pelo menos até o início da colheita da safra deste ano, prevista para começar entre abril e maio. A projeção é da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), que atribui a elevação dos valores principalmente às condições climáticas adversas que impactaram a produção. O aumento da demanda global, impulsionado pela entrada da China como novo mercado consumidor, também influencia a escalada dos preços.

Segundo a Abic, o cenário de alta deve persistir por mais dois ou três meses, com uma possível estabilização posterior. No entanto, uma queda expressiva nos preços só deve ocorrer a partir da safra de 2025.

Desde novembro de 2023, o café vem registrando aumentos significativos, fenômeno que não se limita ao Brasil, maior produtor e exportador mundial do grão, responsável por cerca de 40% da produção global. O Vietnã e a Colômbia, que ocupam o segundo e terceiro lugares no ranking, também sentem os efeitos desse cenário.

Nos últimos anos, as lavouras brasileiras enfrentaram desafios climáticos sucessivos:

  • 2021: Geadas reduziram em 20% a produção do café arábica.
  • 2022: Safra ainda fragilizada, sem tempo suficiente para recuperação.
  • 2023: Influência do El Niño, resultando em estiagens prolongadas e temperaturas elevadas.
  • 2024: Impacto do La Niña, com chuvas excessivas afetando o desenvolvimento das plantas.

De acordo com o presidente da Abic, Pavel Cardoso, os eventos climáticos dos últimos quatro anos, aliados à crescente demanda mundial, explicam a elevação dos preços. “A safra deste ano será ligeiramente menor do que a do ano passado”, afirmou.


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A sequência de dificuldades climáticas fez com que os produtores tivessem que investir mais em insumos e manejo, elevando os custos de produção. Com isso, a matéria-prima encareceu, e a indústria precisou repassar parte desse aumento ao consumidor. Segundo a Abic, os custos para as torrefadoras aumentaram mais de 200%, e cerca de 38% desse valor já foi transferido para o mercado.

Essa valorização também se reflete nas bolsas internacionais. Em Nova York, os contratos de café arábica atingiram recordes históricos, chegando a US$ 3,97 por libra-peso. “Esse movimento de alta é impulsionado pela forte entrada de fundos de investimento, que enxergam o café como um ativo estratégico”, explicou Cardoso.

A expectativa da indústria é de que a safra de 2024 ajude a conter a alta nos preços. No entanto, o setor aguarda com ainda mais otimismo a safra de 2025, que pode superar o recorde registrado em 2020 e contribuir para uma redução mais significativa dos valores.

“Esperamos uma volatilidade adicional até a chegada da nova safra. Com a colheita de 2025, acreditamos que a oferta será ampliada, o que pode trazer um alívio para o consumidor”, avaliou Cardoso.

Mesmo com o aumento dos preços, o consumo de café no Brasil registrou crescimento de 1,11% entre novembro de 2023 e outubro de 2024, totalizando 21,9 milhões de sacas, de acordo com dados da Abic. O país se mantém como o segundo maior consumidor mundial, atrás apenas dos Estados Unidos, onde o consumo é 4,1 milhões de sacas superior.

O levantamento também aponta que o brasileiro bebe, em média, 1.430 xícaras de café por ano.

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