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VÍDEO: Porto Alegre está em alerta total de inundação; Mortes no RS chegam a 31 devido às chuvas

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Devido às chuvas que atingem o Rio Grande do Sul, O nível do rio Guaíba, em Porto Alegre (RS), aumentou consideravelmente  na tarde desta terça-feira (30/4) e superou a cota de inundação, correspondente a três metros. Com isso, a Defesa Civil prevê que, nesta sexta-feira (3/5), a água ultrapasse os quatro metros.

Esse aumento do volumente de água do rio fez com que a capital gaúcha fique em alerta total para inundações e a população está sendo evacuada das áreas de maior risco. Mas a situação pode ser pior do que está sendo alertado pelas autoridades. Veja vídeo do momento:

Ainda nesta quinta-feira, a Prefeitura de Porto Alegre fechou as comportas de contenção do sistema de proteção contra enchentes, chamados “diques”. A mediad é para evitar que a região central da capital inunde.

A estrutura tem barreiras físicas que impedem a entrada da água nos bairros. Esses diques foram projetados em 1941, após a cheia histórica do Guaíba, para suportar grandes volumes de água durante períodos de chuvas intensas. Contudo, nem todas as regiões da cidade estão protegidas. Os locais que cresceram e foram habitados após a criação do sistema estão mais vulneráveis a sofrer com as consequências dos temporais.

A Defesa Civil orientou que “os moradores de áreas próximas ao Guaíba, nos municípios de Porto Alegre (Zona Sul), Guaíba e Eldorado do Sul, para que deixem áreas de risco e procurem abrigos públicos ou outro local de segurança”.

Foto: Defesa Civil

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O Guaíba recebe as águas de diversos rios do estado, como o Jacuí — que recebe as águas dos rios Caí, Taquari e Pardo —, o Gravataí e o Sinos. Depois, as águas do Guaíba desaguam na Lagoa dos Patos, que termina no Oceano Atlântico.

Número de mortos chega a 31 no RS

Desde a semana passada, o Rio Grande do Sul sofre com os temporais, que geraram cenas de estragos em cer ca de um em cada três municípios do estado. Além disso, as fortes chuvas resultam em cheia histórica, que fez uma barragem romper parcialmente e até o momento registrou 31 mortes, além de 60 desaparecios.

Os dados são do último boletim divulgado pela Defefesa Civil, nesta quinta-feira (2/5) à noite. As três últimas mortes foram registradas nos municípios de Taquara e São Vendelino.

Em Taquara, as vítimas são um casal de idosos que morava em um imóvel arrastado em um deslizamento de terra no distrito de Padilha, segundo a prefeitura. Em São Vendelino, a morte confirmada foi de um homem desaparecido em um deslizamento de terra na terça-feira (30/4).

Veja vídeos dos estragos causados:

Estado de calamidade pública

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), decretou estado de calamidade pública na noite de quarta (1º), com prazo de 180 dias. As chuvas e enchentes foram classificadas como desastres de nível 3, “caracterizados por danos e prejuízos elevados”. Todo o estado foi colocado sob alerta de inundação ou inundação severa.

Com a queda de barreiras e destruição de estradas, há comunidades isoladas e incomunicáveis. Familiares de moradores das cidades de Relvado, Encantado e Caxias do Sul, por exemplo, relatam que estão há dias sem conseguir contato com eles. Há municípios inteiros sem água ou luz.

 

Rio Taquari atinge maior nível da história

Uma das regiões mais atingidas é a do Vale do Taquari. O rio Taquari atingiu o maior nível da história ao ultrapassar a marca de 31 metros na madrugada desta quinta (2). O recorde anterior era de 29,9 metros, registrado em 1941. O rio chegou a 31,8 metros às 6 horas da manhã.

O nível também ultrapassa o das enchentes de setembro de 2023, que chegou a 29,5 metros. Moradores dos municípios de Santa Tereza, Muçum, Roca Sales, Arroio do Meio, Encantado, Colinas e Lajeado receberam ordens das autoridades para deixar áreas de risco. A Defesa Civil afirmou que trabalha na retirada de famílias.

Ministério da Defesa anunciou hospital de campanha do Exército em Lajeado. O local terá 40 leitos de enfermaria e dois consultórios. O transporte de toda a estrutura é feito por um avião da FAB (Força Aérea Brasileira).

Também em Lajeado, a equipe de um hospital montou uma barricada para conter a água da enchente. Funcionários da unidade de saúde Bruno Born colocaram sacos de areia nas portas, e a direção informou que planeja o remanejamento de atividades para andares superiores.

Muitas das cidades que estão debaixo d’água agora mal tiveram tempo de se recuperar dos estragos ocorridos no ano passado. Muçum, por exemplo, sofre a terceira enchente seguida —além do desastre de setembro, houve outro em novembro.

*Com informações do Metrópoles e CNN Brasil

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