A Polícia Civil do RJ afirmou que sinais encontrados no corpo do idoso Paulo Roberto Braga, de 68 anos, derrubam a versão da defesa da sobrinha Erika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, de que o idoso morreu na agência bancária. O caso se tornou conhecido após o vídeo dela tentando sacar o dinheiro do tio morto, fingindo que ele ainda estava vivo, viralizar.
Erika foi presa em flagrante por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio de cadáver. Ela disse ser sobrinha e cuidadora de Paulo e tentou sacar R$ 17 mil na agência bancária. Para tanto, Paulo devia assinar um documento, mas, segundo o Samu, o idoso estava morto no guichê.
No vídeo, é possível vê-la agindo com o tio como se ele estivesse vivo, e tentando manter a cabeça dele ereta. A cena foi gravada por bancárias que estranharam o comportamento da mulher.
Assista ao vídeo:
📌Mulher leva morto em cadeira de rodas para sacar empréstimo de R$ 17 mil no RJ pic.twitter.com/UQjPXzT4z9
— Rede Onda Digital (@redeondadigital) April 17, 2024
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Segundo o delegado Fábio Luiz Souza, titular da 34ª DP (Bangu), exames no corpo de Paulo apontaram a presença de livores cadavéricos na parte de trás da cabeça dele. Livores são acúmulos de sangue decorrentes da interrupção da circulação e, no caso dele, se acumularam na nuca, indicando que ele deve ter ido a óbito deitado. Isso indica que ele teria morrido pelo menos duas horas antes do atendimento da equipe do Samu na agência bancária.
A defesa de Erika já se pronunciou publicamente, argumentando que o idoso chegou vivo à agência bancária.
O delegado afirmou à imprensa:
“Não dá pra dizer o momento exato da morte. Foi constatado pelo Samu que havia livor cadavérico. Isso só acontece a partir do momento da morte, mas só é perceptível por volta de duas horas após a morte”.
Além disso, os agentes esperam o exame de necropsia para atestar a causa da morte.
O delegado também informou que a polícia está trabalhando para identificar o motorista de aplicativo que levou Erika e Paulo até o banco. Ele ainda declarou:
“Em 22 anos de carreira eu nunca vi uma história como essa”.
*Com informações de G1