A Polícia Civil de São Paulo já está de posse de dois áudios atribuídos a funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) sobre os momentos que antecederam o socorro da jovem Lívia Gabriele, que faleceu no último dia 30, após um encontro com o jogador da categoria sub-20 do Corinthians Dimas Candido de Oliveira Filho (18). Os áudios já estão sendo analisados.
A CNN Brasil teve acesso a parte dos áudios. Segundo a reportagem, os atendentes do Samu chegaram rápido ao local da ocorrência, mas tiveram dificuldades para acessar o apartamento do jogador. Diz a gravação:
“Mas, tipo assim, passa a ocorrência às 7:18, a gente saiu às 7:19 e chegamos no prédio às 7:20, entendeu? Só que aí, até a gente conseguir entrar com a viatura, abrir o portão, entrar… E paramos num local que tinha que entrar do estacionamento para ter acesso ao Bloco 3, né?”.
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Dados do boletim de ocorrência revelam que a viatura que prestou o socorro deu entrada no hospital às 19h40, ou seja, 20 minutos depois do primeiro chamado. Ainda no condomínio, após enfrentarem dificuldades para localizar a torre onde mora o jogador, os atendentes também se depararam com um elevador quebrado:
“E a gente ficou lá embaixo, esperando o elevador chegar. Então, a gente acha que os prédios, os porteiros, deveriam ser melhor orientados. Então, saber que a gente está chegando, acompanhar a gente até a torre, para a gente ter um acesso mais fácil à torre, esperar com o elevador aberto lá embaixo, essas coisas, sabe?”.
O caso segue sob investigação da Polícia Civil.
Ainda nesta quarta, 7/2, Dimas prestou novo depoimento à polícia: Ele compareceu à 5ª Delegacia da Mulher de São Paulo. Segundo seu advogado, o rapaz estaria fragilizado e “precisando de cuidados”. Ele disse:
“Ele tem 18 anos. Tentou salvar a vida de uma jovem de 19. Minutos antes, estava tudo bem, eles estavam trocando carinho e intimidade. Ele também precisa de cuidados”.
Relembre o caso
Lívia teve um corte profundo em suas regiões íntimas após ter relações com o jogador e morreu após ter quatro paradas cardiorrespiratórias. Segundo o atestado de óbito, a jovem teve uma “ruptura do saco de Douglas com extensão à parede vaginal esquerda”.
Saco de Douglas é o nome dado a uma região genital que fica na parte baixa do abdômen entre o útero e o reto.