Jair Bolsonaro deve voltar ao Brasil amanhã, 30, após quase 3 meses nos Estados Unidos. No entanto, na véspera de sua chegada, a Polícia Federal intimou o ex-presidente e marcou a data para seu depoimento relativo ao inquérito sobre as joias recebidas da Arábia Saudita: será no dia 5 de abril, às 14h30.
Além do ex-presidente, também deverão depor o seu antigo ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, e Marcelo Câmara, que faz a segurança de Bolsonaro.
Bolsonaro será questionado sobre a origem e o destino das peças em ouro e diamante que deveriam estar no acervo público da Presidência da República. Já Cid solicitou ao então chefe da Polícia Federal a liberação das joias apreendidas, mediante ofício datado de 28 de dezembro de 2022.
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O Estadão divulgou que comitiva do governo Bolsonaro tentou trazer para o Brasil, em outubro de 2021, joias com diamantes avaliadas em R$ 16,5 milhões, que supostamente seriam presentes da Arábia Saudita à ex-primeira-dama Michelle. O pacote, que não foi declarado e estava na bagagem de um assessor do então ministro de Minas e Energia, Bento Abuquerque, foi apreendido pela Receita Federal. Desde então, o governo tentou diversas vezes fazer a liberação das joias.
Um segundo conjunto de joias ficou de posse de Bolsonaro, e foi entregue em Brasília pelo seu advogado de defesa após determinação do TCU.
Ontem, foi revelada a existência de um terceiro conjunto de joias, que a defesa de Bolsonaro admitiu estar em posse do ex-presidente. Este conjunto foi entregue à comitiva de Bolsonaro durante uma viagem ao Catar e à Arábia Saudita em outubro de 2019