A Organização das Nações Unidas (ONU) começou a enviar equipamentos, objetos e unidades habitacionais utilizados por refugiados no Brasil e em outros países, para as vítimas da tragédia no Rio Grande do Sul (RS). Conforme a Agência da ONU para Refugiados (Acnur), serão adotadas respostas a emergências internacionais adaptadas as principais necessidades do estado.
Até o momento foram entregues oito unidades habitacionais ao Rio Grande do Sul. A previsão da Acnur é que o estado receba 200 unidades que podem beneficiar até 1.000 pessoas. As unidades que foram entregues estão desmontadas, esperando destinação por parte do governo estadual. Conforme a oficial de proteção do Acnur, Thais Menezes, em 2018, as unidades habitacionais enviadas para o RS foram usadas para acolher venezuelanos em Boa Vista (RR).
“Neste momento em que as pessoas estão abrigadas em galpões e ginásios, precisamos dar uma resposta de emergência. Por isso, vamos usar algumas das unidades utilizadas na operação Acolhida”.
Segundo Thais, além das unidades habitacionais, serão enviados itens básicos como lâmpadas solares, mosquiteiros, kits de higiene, esteiras para colocar debaixo dos colchões e galões de água.
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Posicionamento do governo estadual
Conforme o vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza (MDB), o destino das estruturas está em curso. O vice-governador não confirmou se as casas farão parte das ‘cidades provisórias’ anunciadas pelo governo. Segundo ele, a experiência da Acnur será incorporada ao processo do estado, desde a concepção de medidas para a população desabrigada até a gestão de espaços de acolhimento.
“As estruturas poderão compor unidades habitacionais conforme a demanda”.
Manuais da ONU são usados como referência para as “cidades provisórias”, de acordo com o vice-governador. A participação da ONU também foi anunciada pelo governador Eduardo Leite (PSDB) durante a divulgação do plano de reconstrução do estado, o Plano Rio Grande.
O objetivo é reunir o conhecimento adquirido por essas instituições com experiência em desastres. Essas parcerias podem resultar em planos mais robustos de restabelecimento e reconstrução. Há 43 mil pessoas refugiadas que precisam de proteção internacional no Rio Grande do Sul, segundo a Acnur. Dessas, 35 mil estão inscritas no CadÚnico, cadastro do governo federal para identificar famílias de baixa renda incluídas em programas de assistência social.
*Com informações do UOL